quarta-feira, julho 30, 2008

Óbidos by night



A segurança rodoviária pode ter sido um pouco comprometida, mas não resisti a tirar esta fotografia durante uma das minhas várias viagens nocturnas da semana passada de Norte a Sul do país.

Sipo 2008

O recital desta quinta-feira em Óbidos está inserido na SIPO - Semana Internacional de Piano de Óbidos, que conta com nomes importantíssimos da cena internacional e cujo convite muito nos honra, a mim e à minha querida Luiza Gama Santos. Quem seguir o linque para a página do programa pode ficar descansado porque eu ainda não mudei de nome artístico...
Para quem quiser dar um passeio, sempre bonito, à maravilhosa vila de Óbidos poderá passar um serão na nossa companhia e na de Schumann, Fauré, Duparc e Lacerda.
Lá vos espero!

Esposende



Acabado de regressar de Esposende onde tive a oportunidade de trabalhar com dez jovens (pois, velhos são os trapos e os alunos eram todos mais novos que eu, ainda que não muito...) talentos, que muito me impressionaram, estou em plena preparação para um recital em Óbidos que será o fim da temporada.
Como todos os leitores compreenderão, o tempo não é muito, mas prometo mais actualizações muito em breve.
Até lá deixo-vos com a beleza do crepúsculo em Esposende

terça-feira, julho 15, 2008

On the beach at night alone







On the beach at night alone,
As the old mother sways her to and fro singing her husky song,
As I watch the bright stars shining, I think a thought of the clef
of the universes and of the future.

A vast similitude interlocks all,
All spheres, grown, ungrown, small, large, suns, moons, planets,
All distances of place however wide,
All distances of time, all inanimate forms,
All souls, all living bodies though they be ever so different, or indifferent worlds,
All gaseous, watery, vegetable, mineral processes, the fishes, the brutes,
All nations, colors, barbarisms, civilizations, languages,
All identities that have existed or may exist on this globe, or any globe,
All lives and deaths, all of the past, present, future,
This vast similitude spans them, and always has spann'd,
And shall forever span them and compactly hold and enclose them.
Walt Whitman

Sea Symphony

Que melhor sítio para cantar uma obra sobre o mar do que literalmente sobre o mar? É assim mesmo que na sexta-feira, dia 18, irei interpretar a maravilhosa Sea Symphony (a Sinfonia nº 1) de Ralph Vaughan Williams. Apesar de ser uma versão com piano que não nos permitirá ouvir a orquestração verdadeiramente luxuriosa e genial de Williams, toda a riqueza harmónica estará presente, bem como as belíssimas melodias que musicam o não menos belo poema de Walt Whitman sobre o mar.
Comigo estará o Coro Lisboa Cantat e a minha querida Sónia Alcobaça e seremos acompanhados ao piano pelo Francisco Sassetti, tudo sob a direcção de Jorge Alves.
É nas piscinas oceânicas de Oeiras e a entrada é livre. Celebremos a beleza do mar e da música!

quarta-feira, julho 09, 2008

Esposende 2008


E na próxima semana lá vou eu de novo para Esposende, onde passei uma temporada fantástica no ano passado (como é possível já ter passado um ano...) que, espero, seja superada este ano. Para os interessados em participar no curso há que apressar as inscrições, porque falta pouco tempo e há poucas vagas! Todos a Esposende!

sexta-feira, julho 04, 2008

Anúncio no DN

Pedro sonha Inês em corpo e alma

Salão Nobre recebe ópera de estreia do inglês Christopher Bochmann

Em quase 40 anos de actividade como compositor, nunca Christopher Bochmann (n. 1950) havia abordado a ópera. Ausência hoje (21.00) quebrada, com a estreia de Corpo e Alma, ópera de câmara em sete cenas a partir do drama Pedro, o Cru (1913), de António Patrício (1878-1930), no Salão Nobre do Teatro de São Carlos, dotado de um palco para o efeito.
O autor escolheu este tema "de propósito, porque todos o conhecem". Intenção era "resolver à partida esse problema, para me poder concentrar na interpretação do tema e não na sua narração". Desconhecia o original de Patrício: "li e gostei muito da linguagem usada. Senti-a adequada ao tipo de texto que procurava". Explicita: "em Pedro, o Cru, a história é talvez menos importante que a qualidade da linguagem utilizada."
Em Corpo e Alma, Bochmann quis "traçar a evolução das atitudes de D. Pedro a partir do momento em que exuma o corpo de D. Inês" (1.ª Cena). Nesse momento inicial, o autor usa o mecanismo teatral de "estabelecer, criar um ambiente, a partir do qual o argumento se desenvolve". Vemos um Pedro "ainda razoavelmente lúcido", lucidez que "desaparece a partir do momento em que vê o corpo de Inês", dando início a "vários graus diferentes de delírio".
Segundo Bochmann, a obra divide-se em duas partes com três cenas cada, separadas por uma Dança - "a primeira metade lida com a obsessão de D. Pedro pelo corpo de Inês, a sua memória física dela". Por seu turno, a segunda "tem mais a ver com uma progressiva fusão espiritual com a alma dela". A Dança é "uma invenção minha, que impus". A sua colocação no centro tem uma razão de ser: "a bailarina que aí aparece é a única representação física de D. Inês em toda a obra". Como um momento-pivot, a Dança "culmina o olhar físico de Pedro, para ser interrompida pela segunda parte, que introduz uma viragem na perspectiva do rei". A sua posição "completa as proporções" da obra, uma preocupação de Bochman enquanto compositor.
Corpo e Alma foi ab initio destinada à Sinfónica Juvenil, de quem partiu a encomenda e o compromisso de produzir/estrear a obra - "a ideia foi sempre uma obra de câmara, pois sabia que não teria uma grande orquestra à disposição, nem financiamento para muitas vozes e que deveria controlar a duração [a obra dura cerca de uma hora]". Diz-se "muito contente" com o seu Pedro [Armando Possante] e fala de uma récita "visualmente muito rica", apesar de ser só "uma espécie de encenação"

quinta-feira, julho 03, 2008

Dixit Dominus e Paukenmesse

A actividade frenética dos últimos tempos ainda não vai parar completamente. Amanhã estarei com os meus amigos do Grupo Vocal Olisipo e a Orquestra Metropolitana de Lisboa na Igreja de S. Roque, pelas 18.00, para cantar no concerto comemorativo dos 510 anos da Santa Casa da Misericórdia.
Do programa constam duas obras relacionadas de alguma forma com temáticas bélicas, o Dixit Dominus de Handel e a Paukenmesse (Missa in Tempore Belli) de Haydn.
Será um Olisipo alargado, com 13 cantores no total (esperemos que não dê azar...), muitos dos quais serão solistas, tudo sob a direcção de Filipe Carvalheiro.
Apesar de ser um evento privado, pelo que nos disseram as portas da Igreja de S. Roque estarão abertas para quem se quiser juntar às comemorações e todos serão muito bem vindos.

quarta-feira, julho 02, 2008

Parabéns Escola Superior de Música de Lisboa


Num dia cheio de efemérides a Escola Superior de Música comemorou 25 anos de existência, precisamente quando mudou para as novas e fantásticas instalações em Benfica (aqui ao lado na foto). Neste mesmo dia tive o prazer de estar no exame da minha primeira aluna finalista em Canto, a Joana Martins, que teve uma óptima classificação. Para completar, a secretaria da escola entregou-me hoje o meu diploma de curso (muitos anos mais tarde...).Eu não disse que era um dia cheio de efemérides?
Tirando a parte egocêntrica, parabéns à Escola e a todos os seus!

terça-feira, julho 01, 2008

Corpo e alma - estreia














As freiras em Coimbra, no início da ópera























Pedro é seduzido pela aparição da alma de Inês


















Agradecimentos finais, com o compositor ao centro


Feita uma pequena pesquisa na blogosfera encontrei estas fotos da estreia no passado Sábado de Corpo e Alma, no salão nobre do TNSC, entre as quais a imagem sinistra em que eu apareço por trás da Sofia Inácio, no papel de Inês de Castro. Terá sido assim tão sinistro para os presentes?