quinta-feira, junho 29, 2006

quarta-feira, junho 28, 2006

Bacoradas

É sempre boa ideia traser as coisas que nos fasem falta. Se não as trousemos quem as traserá????












Que bom, com esta carta já posso escolher o meu chocolates!!!












Buffarei absolutamente à minha vontade, obrigado!












Que fariamos nós se não fosse sugerido os sabores...

terça-feira, junho 27, 2006

Workshop 2006

À imagem dos últimos dois anos, a Associação Cultural Trítono vai organizar um workshop de música coral orientado por mim. Vai ser uma vez mais um trabalho meteórico feito em dois dias, terminando num concerto no Palácio D. Manuel, onde terão também lugar as sessões de trabalho.
Estas acções do Trítono são resultado do empenho e da carolice, entre outros, dos meus amigos Maria João e Octávio e quantas mais pessoas comparecerem mais gratificante será para todos os envolvidos.
No últimos dois anos foram uns dias muito bem passados a fazer algo que
nos agrada a todos. Não há melhor que cantar em boa companhia, sobretudo com um cheirinho a férias, os petiscos da feira de S. João a bela paisagem de Évora e, quem sabe, a celebrar a passagem de Portugal aos quartos de final...
Para os interessados o boletim de inscrição está aqui. Até lá chegarmos fica uma foto tirada no fim do concerto do ano passado, com os meus queridos meninos do IGL que lá estavam.
Só como aperitivo está aqui ao lado nas Notas de Música uma das peças que será trabalhada.
Até Sábado!

segunda-feira, junho 26, 2006

Festejos na Av. de Roma

Depois de duas horas de sofrimento intenso, uma loura bela e misteriosa vai à janela em plena Avenida de Roma e, coberta das cores da nação, junta-se aos festejos na rua.
Quem será, quem será???
Apesar do sofrimento foram umas duas horas muito bem passadas, em excelente companhia.


Fungagá da Bicharada
















Não consigo olhar!!! Portugal ganhou ou não???

















Anda para a festa!!! Ganhamos!!!!

sábado, junho 24, 2006

Naringe

Ontem à noite eu e outras duzentas e tal pessoas estivemos na Sé de Lisboa para o ensaio geral do concerto desta noite com a Missa em mi m de Bruckner. Tal como costumo dizer, o trabalho já está feito neste momento, o concerto vai ser só a confirmação.
Apesar das impressões de quem estava envolvido na interpretação o resultado foi realmente bom, tendo em conta os enormes problemas logísticos de fazer uma obra desta envergadura na Sé e a dificuldade da missa, sobretudo sendo interpretada por um coro na sua maioria formado por adolescentes. Tendo dito isto, é sempre impressionante ouvir um naipe de sopranos a cantar acima de um sol agudo durante duas horas. Bruckner obviamente não era soprano, por isso escreve sem problemas de consciência páginas inteiras de música em si bemol agudo. O efeito para quem ouve um ensaio onde estes momentos são repetidos várias vezes é um pouco opressivo, to say the least.
Apesar de (e isto é a verdade) auditivamente não se notar o menor esforço nas vozes dos sopranos (aliás, o som foi melhorando com o passar das horas) cada vez mais fui sentindo a minha própria garganta a contrair e a laringe a subir cada vez mais, até parecer que estava a sair pelo nariz, o estado a que costumo chamar "naringe".
A sensação de "naringe" é uma sensação que só quem canta conhece, quando o corpo pura e simplesmente deixa de obedecer e cada novo agudo é um momento de pânico e passamos o tempo a conversar com a nossa própria garganta, tentando convencê-la a descontrair. Há pouco tempo li na autobiografia da cantora Renée Fleming que esta sensação não é só minha. A ela sucede precisamente o mesmo, ou como ela diz, a laringe sobe até ao nível dos olhos e somos dominados pelos nossos diálogos internos, esquecendo a interpretação do papel.
Encontrei há pouco tempo este vídeo delicioso com a genial Debra Wilson que ilustra na perfeição o que é a "naringe". Atenção, não tentem fazer isto em casa! ;-)

sexta-feira, junho 23, 2006

Será um elogio???

Your Brain is 67% Female, 33% Male

Your brain leans female
You think with your heart, not your head
Sweet and considerate, you are a giver
But you're tough enough not to let anyone take advantage of you!

quinta-feira, junho 22, 2006

Ainda o Brokeback Mountain

Quando parecia que já não era possível haver mais prémios para o filme Brokeback Mountain ganhar depois dos 70 recebidos e de mais outras 53 nomeações (entre as quais a do óscar para melhor filme que foi antes para o filme Crash), surgem agora mais dois, um dos quais é provavelmente uma surpresa para muitos: nos MTV Movie Awards Jake Gyllenhaal recebeu o prémio de malhor actor e, juntamente com Heath Ledger conquistou o prémio para o melhor beijo do ano.
Atenção que este beijo ganhou ao do casal do momento, o casal "Brangelina", em Mr. and Mrs. Smith.
Para quem ainda não viu o filme é aproveitar que já saiu em DVD. Ficam aqui as imagens da entrega do prémio, que incluem o premiado beijo.

quarta-feira, junho 21, 2006

Onde é que eu já vi isto?!?!

Felizmente o real não foi assim... Já agora, os meus agradecimentos às Trutas por esta pérola.

Falando em Pride...

Ainda a propósito do poste anterior, deixo aqui uma imagem do décimo Gay Pride de São Paulo que, com o tema do combate à homofobia, reuniu há duas semanas na Avenida Paulista cerca de 2 milhões e meio de participantes, tendo-se tornado na maior manifestação do género, com uma significativa alteração desde há 10 anos, quando teve 2000 participantes.
É difícil imaginar quase um terço da população de Portugal num desfile seja com que tema fôr mas, ainda assim, mudam-se os tempos...

terça-feira, junho 20, 2006

Arraial!!!

Já agora, também no Sábado 24 é o 10º Arraial Pride que tem a particularidade de este ano, pela primeira vez desde 2001, voltar ao centro da cidade, na Praça da Figueira.
Depois das recentes manifestações públicas da extrema-direita portuguesa, é importante para todos a participação numa manifestação marcada pelo desejo de igualdade. Atenção que não é um arraial gay, mas sim Pride, pelo orgulho de todos em serem como são, homo, bi, hetero ou trans, sem ter que pedir desculpas nem dar justificações a ninguém. Por muito que pensemos que determinadas situações são estáveis e determinados direitos adquiridos são inalienáveis, a verdade é que os Direitos Humanos são objecto de uma luta permanente. Se em vários países o casamento ou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo são já uma realidade (e talvez a França seja o próximo...) a verdade é que ainda este mês o presidente George W. Bush tentava (em vão) levar o Senado Norte-Americano a aprovar uma emenda à Constituição que impediria o casamento entre homossexuais nos Estados Unidos. Hoje mesmo surgiu um documento do Pentágono que refere a homossexualidade como uma doença mental. Mesmo aqui no velho continente, apesar da Resolução do Parlamento Europeu sobre a homofobia na Europa, a verdade é que alguns dos nossos parceiros da UE preferem fazer vista grossa aos problemas, como é o caso da Letónia e da Polónia.
Em suma, não é algo para os outros, mas sim para todos os que se importam com as liberdades individuais e com os Direitos Humanos. Vamos mostrar ao mundo que não somos um país de mários machados!

Bruckner na Sé

No próximo Sábado, dia 24, às 21.30 na Sé de Lisboa teremos o úlimo dos concertos comemorativos do 30º aniversário do IGL.
Para terminar em grande temos a estreia em Portugal da Missa Nº2 em mi m de Anton Bruckner. Para a execução de uma obra desta envergadura teremos em conjunto o Coro do IGL e o Coro da Escola de Música no Conservatório Nacional, acompanhados pela Orquestra de Sopros da EMCN, tudo isto dirigido pelo maestro José Augusto Carneiro.
Na primeira parte do concerto teremos ainda o Coro de Câmara do IGL e o Coro Peregrinação da EMCN.
É uma óptima maneira de celebrar o final do ano lectivo das duas únicas escolas de música oficiais da capital. Depois é só ir para os arraiais, que é dia de S. João!!!

segunda-feira, junho 19, 2006

Se eles o dizem...

You Are Storm

Exotic and powerful, Storm descended from a line of African priestesses.
Emotions can effect your powers, but you are generally serene.

Powers: controlling weather, creating winds that lift you into flight, generating lightning


Se isto fosse verdade, garanto que não tinha apanhado tanta chuva no Algarve na semana passada!!!

domingo, junho 18, 2006

Calor Finlandês

Após uma semana passada a banhos (de chuva) no Algarve deixei passar algumas coisas sobre as quais queria falar neste espaço. Uma delas foi o maravilhoso concerto de final de temporada da Gulbenkian, o recital do soprano Karita Mattila.
Tenho ultimamente sido vítima de um fenómeno que me parece comum para quem se movimenta neste meio mas que ainda assim me aborrece sobremaneira. Com o excesso de trabalho e a falta de tempo tenho ido a cada vez menos concertos. Acontece também que já não me lembro qual foi a última vez que fui ver um concerto e não conhecia nenhum dos intérpretes. Mesmo conhecendo, sucede por vezes que outros compromíssos ou mesmo o cansaço falam mais forte e me impedem de saír de casa (exemplos recentes de que me lembro são o concerto da Capela Joanina e o Rheingold no S. Carlos).
Apesar de todas as contingências, fui à bilheteira da Gulbenkian e comprei os bilhetespara o dito recital. E não me arrependi! Que Mattila é uma cantora com uma voz lindíssima e prodigiosa é facto conhecido. Não tinha tido, no entanto, oportunidade de apreciar a sua capacidade interpretativa enquanto cantora de recital. Nem sempre uma grande cantora de ópera, por muito boa actriz que seja, domina da mesma forma a interpretação do Lied, seria o mesmo que esperar que todos os grandes actores fossem igualmente grandes declamadores de poesia. Para além desta incógnita, Mattila apresentou-se com um programa aparentemente heterogéneo: na primeira parte as Hermit songs de Barber (dedicadas a Leontyne Price, provavelmente a minha cantora favorita) e uma série de canções finlandesas e na segunda parte canções de Wolf (tiradas do Spanisches Liederbuch), Granados e Turina, ou seja de temática espanhola.
Mattila dominou absolutamente o público desde a primeira à última nota, controlando todas as nuances da belíssima voz, pondo-a sempre ao serviço da emoção do texto. Durante o programa bastente extenso (a primeira parte durou quase 50 minutos) a voz manteve-se sempre suave, com um timbre riquíssimo e igual em toda a tessitura, sem uma única nota a quebrar uma linha melódica perfeitamente arquitectada. Para além disto, a cantora soube mostrar uma simplicidade, humildade e simpatia admiráveis. É claramente alguém que, no melhor sentido da expressão, não se leva demasiado a sério, sabendo gracejar com o público e criar uma atmosfera intimista que, numa cantora do seu nível, facilmente poderia desaparecer. Apenas como exemplo digo que, para cantar o único encore da noite, uma das canções ciganas de Dvorák, Karita Mattila atirou os sapatos para o canto do palco, dizendo que não imaginava cantar esta canção com eles calçados. Em suma, uma lição de técnica, interpretação e também de contacto com o público. Aliás, foi bem notória a importância que dá a este contacto na simpatia com que recebeu os admiradores nos bastidores no fim do recital (com o terceiro vestido da noite...). Eu sou prova disso, e o disco autografado que agora tenho também.
Fiquei de tal forma bem impressionado que escolhi uma faixa de um dos seus discos para inaugurar uma nova característica deste belogue: as Notas de Música. Com alguma frequência vou partilhar com os meus amigos virtuais aquilo que vou ouvindo. Neste caso começamos com a fantástica Mattila e a primeira das maravilhosas Quatro Últimas Canções de Strauss. Espero que gostem.

sábado, junho 17, 2006

Frase do dia

O Amor é como a erva:
Semeia-se,
Cresce,
Depois vem uma vaca qualquer e dá cabo daquilo tudo...

Já estamos nos oitavos!

Depois de hora e meia de sofrimento o "mágico" número 20 garantiu a presença da selecção portuguesa nos oitavos de final. Hoje os nossos meninos mostraram claramente a razão para serem dos favoritos a chegar à final.
Foi um jogo completamente diferente do da semana passada: domínio completo da equipa portuguesa, mas ainda assim angústia durante quase todo o jogo. Ainda por cima tivemos que jogar contra os iranianos e contra o árbitro, que não facilitou as coisas.
Ainda assim foi assinalado o penalty contra Figo que nos deu o segundo golo. Depois de levar uma pantufada na cara que nem direito a falta teve foi a vingança do nosso Figo, que uma vez mais foi uma das grandes figuras em campo.
O penalty propriamente dito foi marcado pelo Golden boy ele próprio, Cristiano Ronaldo, que caiu ao chão de joelhos agradecendo o golo que já lhe tinha escapado várias vezes até aí. É a segunda distinção esta semana para Ronaldo, depois de ter sido considerado o jogador mais sexy do Mundial pelos leitores da revista holandesa Gay Krant. Parece-me que, apesar de tudo, com a Merché por perto lhe deve ter sabido melhor o golo...

domingo, junho 11, 2006

Custou mas foi...

Se não fosse a inspiração deste senhor ainda antes dos quatro minutos de jogo o resultado teria certamente sido outro. A apresentação não foi das mais inspiradas, mas o resultado foi o desejado. Já não falta tudo...

sábado, junho 10, 2006

Falando em aceitação

O genial Jon Stewart discute neste vídeo o casamento entre pessoas do mesmo sexo de uma forma particularmente empenhada e convincente. Para mim, o mais compensador em toda a entrevista é a reacção do público. Duas coisas que ele diz são verdade: a homossexualidade faz parte da Condição Humana, não é um fetiche aleatório, e o casamento vem aí! Não há nada que se possa fazer para o evitar!

Aproveitemos as liberdades deste nosso país, no qual ainda não acontecem com a mesma frequência barbaridades como noutros dos nossos colegas da União Europeia, como a Estónia ou a Itália ou mesmo nos vizinhos do lado como a Rússia.

É o mundo em que vivemos e cabe a todos nós tentar melhorá-lo.

Dia de Portugal

Numa semana que ficou marcada pelas inacreditáveis declarações de mário machado, líder da frente nacional (não consigo mesmo escrever com maiúsculas, nenhum destes merece a distinção...) esperemos que o futuro nos leve cada vez mais no sentido de um Portugal em que todos se aceitem e respeitem. Ainda esta semana no programa Opinião Pública uma professora do ensino básico dizia que "Os pretos pequenos são obviamente menos inteligentes que os brancos". A jornalista interrompeu a intervenção antes de mais enormidades e o convidado em estúdio lembrou uma coisa fundamental: não somos de raças diferentes. Biológicamente todos pertencemos à raça humana (embora eu tenha dúvidas no caso de alguns destes energúmenos. Enfim...). Somos todos Homo Sapiens (alguns mais sapiens que outros), e o resto são cantigas. Assim, gozemos o dom da democracia e da liberdade e tentemos cada vez mais construir um país melhor e no qual, verdadeiramente, sejamos todos iguais!

Bronze age collection



























































Aos poucos e poucos a colecção vai crescendo. Junho é mês de subsídio de férias, há que aproveitar. Fora de brincadeiras, o nível de detalhe e a quantidade de modelos disponível nesta fantástica série da Corgi vai aumentando e é realmente indispensável para qualquer coleccionador. Vale a pena explorar, mesmo só para os curiosos...

quinta-feira, junho 08, 2006

Sonnet to Liberty

NOT that I love thy children, whose dull eyes
See nothing save their own unlovely woe,
Whose minds know nothing, nothing care to know,—
But that the roar of thy Democracies,
Thy reigns of Terror, thy great Anarchies,
Mirror my wildest passions like the sea,—
And give my rage a brother——! Liberty!
For this sake only do thy dissonant cries
Delight my discreet soul, else might all kings
By bloody knout or treacherous cannonades
Rob nations of their rights inviolate
And I remain unmoved—and yet, and yet,
These Christs that die upon the barricades,
God knows it I am with them, in some things.

Oscar Wilde

Hoje foi o último dia de aulas!!!

De minha casa à tua...

...vão dois passos de distância.
Tem cuidado não escorregues nessa casca de...

terça-feira, junho 06, 2006

Scary...

Para quem não o vir hoje, fica o aperitivo...

O dia da bestinha

Hoje é dia 6 do 6 do 6 e, aproveitando a publicidade gratuita, estreia o remake do clássico do terror The Omen (em português O Génio do Mal). Gregory Peck e Lee Remick dão lugar a Liev Schreiber e Julia Stiles, mas o conceito é o mesmo: um casal adopta sem saber o anticristo. As imagens já divulgadas apresentam um remake quase decalcado do original (à imagem do Psico dos anos 90), mas há que ver e descobrir se Damien continua a levar a melhor.

domingo, junho 04, 2006

Até porque...

No kidding....

Your Ideal Pet is a Cat

You're both aloof, introverted, and moody.
And your friends secretly wish that you were declawed!

Macacos sim, mas em sintonia

Não podia vir mais a propósito do meu post anterior este filme maravilhoso que descobri hoje no blue!

Não há dúvida que às vezes o que torna mais suportável para nós, pobres macacos, a travessia da selva é a companhia dos outros macacos. Pelo teor do post d@ Manel e do comentário da Filipa, pelo menos a macacada está em sintonia...

sábado, junho 03, 2006

Mas o que se passa com o mundo?!?!?

Hoje vi o sem-abrigo que vive nas traseiras do meu prédio a ouvir o concerto do Roger Waters a quilómetros de distância sentado num banco de jardim.
Hoje ouvi um casal de 20 anos de idade pais de uma filha de 7 meses a falar da sua separação em termos meramente económicos e referindo-se ambos ao seu bebé como "a minha filha".
Hoje soube que a filha da minha vizinha de baixo com 15 anos usa um pin artesanal que diz If gays want to marry I say kill them all.
Às vezes pergunto-me de que planeta serei eu...

Magia ao entardecer

Um dos privilégios de ser rato de sacristia da Sé de Lisboa é poder ter acesso ao coro alto, algo que é progressivamente mais difícil depois de algumas tentativas de assalto.
É uma pena que este maravilhoso jogo de cores não seja normalmente visível na nave central. É concerteza a contrapartida por lá passar tantas noite e fins de semana.

sexta-feira, junho 02, 2006

Concerto na Sé

Para quem quiser começar o último fim de semana do ano lectivo (YES!!!!) de forma diferente basta dar amanhã um saltinho à Sé Patriarcal (é verdade, Sé Catedral é mesmo um pleonasmo...) para assistir a um concerto dado pelo organista António Esteireiro com a participação do Coro Gregoriano do Instituto Gregoriano de Lisboa.
Este é mais um dos concertos inserido no ciclo comemorativo dos 30 anos do IGL, por sinal o penúltimo (e o meu terceiro...). Todos à Sé, que depois o Bairro Alto é ali tão perto...

quinta-feira, junho 01, 2006

Sinal dos Tempos

Para quem, como eu, começou a tentar construir uma discoteca decente nos anos 80, substituindo os velhos vinis pela novíssima tecnologia dos CDs (assim é que se vê como o tempo passa) e vivia em Lisboa, a Discoteca Roma era uma referência incontornável. Com o boom de vendas no mercado da música clássica causado pelo aparecimento dos novos discos que não tinham que se mudar a meio, iam directamente para a faixa pretendida, tinham toda a qualidade do som digital e eram practicamente indestrutíveis, esta e muitas outras lojas prosperaram, o que levou mesmo à abertura das duas Roma Megastores, no Campo Pequeno e na Rua de Santa Catarina, no Porto. Passados os anos 90, toda a gente refez a sua discoteca, todos nos apercebemos que há um número limite para a quantidade de versões que conseguimos ter da nona de Beethoven e, não menos importante, surgiu a FNAC.
Ainda me lembro de gastar os meus primeiros cachets na Roma, há quase 20 anos. Ainda ouço com freqência o primeiro disco que comprei, a Flauta Mágica, dirigida por Bernard Haitink, hoje em dia com o autógrafo da Edita Gruberova que guardo religiosamente. Pouco depois comprei a Missa Brevis de Palestrina cantada pelos Tallis Scholars e dirigida pelo Peter Phillips. Recordo-me ainda da minha professora de piano (sim, foi mesmo há muito tempo) a perguntar porque não gastei o dinheiro num disco de música de piano. Se o tivesse gasto talvez não conhecesse o Peter pessoalmente e não tivesse tido o prazer de trabalhar ao seu lado.
Passados estes anos e estas contingências, aqui fica uma imagem do que é desde Maio a Discoteca Roma. Penaliza-me ter vivido alguns meses quase ao lado e não ter criado tempo para entrar. Lamento ter visto os donos a trancar a porta pela última vez e não ter tido noção do que estava a presenciar. Tenho sobretudo pena de não ter tido ocasião de responder ao último recado que a Ana Simões deixou no meu atendedor, anunciando a chegada de uma encomenda que nunca levantarei.
Um mês antes do fecho da Roma soube que a Ana recomendava o disco do Olisipo, do qual teve conhecimento desde a gravação, aos seus clientes como uma boa escolha. Da mesma forma várias vezes me aconselhou quanto à qualidade de determinadas gravações. Não me parece que os caixas do BANIF façam o mesmo...