terça-feira, janeiro 29, 2008

O Sexo e a Vila





Depois do Natal esta caixa de sapatos muito bem recheada tem acompanhado os serões aqui da vila. Não tem nem Manolo Blahniks nem Jimmy Choos mas a série completa de Sex and the City.
Para os fãs que não têm à mão esta caixa maravilhosa resta esperar por Maio e pela estreia do filme. Até lá fica o trailer e o belogue oficial

domingo, janeiro 27, 2008

Auschwitz... Santinho

No dia em que se celebra a libertação de Auschwitz pelos aliados relembremos um dos momentos mais negros da história da humanidade com algum humor.

Lei de Murphy






















É precisamente quando nada deveria correr mal que os azares acontecem. Assim foi na viagem de ontem do Coro Gregoriano de Lisboa a Alcobaça para gravar o futuro programa da RTP 2 Percursos da Música Portuguesa. Graças a um furo e a alguma falta de prevenção do motorista da Barraqueiro, a viagem até Alcobaça demorou quase quatro horas. Enfim, mais uma história de aventura.
A parte boa foi ainda ter sido possível fazer toda a gravação no maravilhoso cenário de Alcobaça.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Uma ópera de Mozart

A meio de um ensaio lembrei-me deste número do genial Victor Borge que brinca com todos os clichés da ópera, particularmente das de Mozart.

Vale a pena ver!

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Epítome

Como os seguidores destas notas bem sabem, sou um pouco bairrista no que diz respeito à divulgação dos feitos dos alunos e antigos alunos do Instituto Gregoriano. Outra coisa não seria de esperar, uma vez que é uma escola à qual estou ligado há quase trinta anos (pois é, o tempo passa...).
Para quem conhece o IGL é normal ouvir falar em cantores, organistas ou pianistas que tenham sido ex-alunos. Mais raramente (por serem cursos mais recentes) temos alguns cravistas ou flautistas. Normalmente esquecemos os compositores e a verdade é que muitos alunos do Curso Superior de Composição começaram na nossa escola.
É o caso do compositor João Fernandes cuja obra Epítome estreia no próximo Sábado, dia 26 às 19 horas no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian. A interpretação é da Orquestra Gulbenkian sob a direcção da maestrina Joana Carneiro e o concerto tem entrada livre. Apesar de eu próprio não poder lá estar espero que alguns dos meus visitantes habituais possam passar por lá para dar o seu apoio e descobrir a nova geração de compositores portugueses.

Heath Ledger encontrado morto



























O actor australiano Heath Ledger, que recebeu uma nomeação para o óscar de melhor actor há dois anos pelo seu papel em Brokeback Mountain, e cujo bejo com Jake Gyllenhall no mesmo filme foi eleito como o melhor beijo da história do cinema, foi hoje encontrado morto, aparentemente em resultado de uma overdose de comprimidos para dormir.
O actor de 28 anos tinha recentemente acabado as filmagens daquele que será o seu último filme, a sequela de Batman begins, The Dark Knight, que estreará no próximo Verão e no qual desempenha o papal de Joker, interpretação que já mereceu grandes elogios dos seus colegas de elenco, Michael Caine, Gary Oldman e Christian Bale (todos eles brilhantes actores) e do realizador Christopher Nolan.
Como forma de recordar o actor e também de antecipar este seu derradeiro trabalho aqui ficam as primeiras imagens de Ledger como um aterrador Joker, em foto e no trailer do filme.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Emoção pré-concerto



Aqui fica o registo para a posteridade da excitação que se vivia na sacristia da Sé no Sábado passado imediatamente antes do concerto.
Comigo estão os nove solistas que se portaram admiravelmente apesar do medo. Isto de cantar para umas 400 pessoas logo na estreia tem que se lhe diga...

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Missa da Coroação

Pouco mais de um mês depois do meu último encontro com a Missa da Coroação estarei uma vez mais em presença da obra que me acompanha há quase 25 anos. Desta feita vou dirigi-la em concerto pela primeira vez (quem disse que esta obra já não tinha nenhuma forma de me surpreender...), na versão para coro e órgão.
A grande inovação deste concerto será o facto de, pela primeira vez (tanto quanto me lembro) as partes de solo serem cantadas por alunos da escola. Vai ser um momento de orgulho poder ver os nossos alunos de canto a aparecer como solistas.
O concerto será na Sé de Lisboa no Sábado dia 19 às 21.30 e para além da missa ouvir-se-ão peças do próprio Gregoriano dos Santos Inocentes e algumas obras para órgão de Buxtehude e Mozart.
Os solistas serão, por ordem de entrada e de naipe, Ana Raquel Santos, Mariana Lemos, Mariana Moldão Martins, Sandra Agostinho, Maria de Fátima Nunes, Manuel João Almeida, Tiago Amaro, André Baleiro e Tiago Oliveira. Todos os cantores são da minha classe de Educação Vocal ou da Professora Elsa Cortez, excepto num dos casos, a Sandra Agostinho que é uma ex-aluna da Ana Leonor Pereira.
Por último falta mencionar que a "orquestra", ou seja a redução para órgão está nas incrivelmente capazes mãos (e pés) do António Esteireiro.
Todos à Sé no Sábado, para ver o que as escolas de música deste país podem fazer enquanto as deixarem trabalhar.

sábado, janeiro 05, 2008

Rebarbativo...

Devo em primeiro lugar dizer que esta nota não se originou propriamente em mim. Assim sendo, nem sequer vou referir o destinatário, coisa que me tornaria verdadeiramente rebarbativo.
Passo a explicar: há uns dias um aluno perguntou-me quais eram as habilitações necessárias para fazer crítica musical nos media, tendo em conta uma crítica que ele tinha ouvido recentemente e que visava um concerto no qual eu tinha participado. Conhecendo-me, o meu aluno duvidou seriamente do conteúdo da crítica, já que apresentava um defeito meu enquanto cantor que ele sabe que não tenho (meu Deus, é muito difícil manter estas descrições genéricas...).


A verdade é que com a explosão da blogosfera e o acesso facilitado aos media por indivíduos sem qualquer tipo de formação ou qualificação que vá frequentemente além de gosto pessoal pelas materias que criticam ou, no caso da música, uma discoteca bem preenchida e uma assinatura da Gramophone, começamos a ser cada vez mais confrontados com opiniões pessoais que são apresentadas como factos.


Para mim este fenómeno tem vários pontos negativos.


Um deles é o criar e difundir de opiniões sobre artistas baseadas na observação de terceiros. Ninguém pode estar em todos os concertos e récitas de ópera deste país, mas se virmos uma série de críticas denegrindo um determinado artista, críticas essas que podem ser baseadas no gosto de uma pessoa que não conhecemos, podemos formar uma opinião sobre algo ou alguém sem nunca a ter ouvido. Relativamente a um dos meus colegas que é dos melhores e mais requisitados cantores da nossa praça e indicutivelmente um grande cantor o dito crítico disse: " para mim aquilo não é cantar, é gritar". Desafio qualquer pessoa que nunca tenha ouvido o cantor em questão a ouvi-lo depois desta crítica sem ter um mínimo preconceito.


Em segundo lugar está a auto-estima do jovem artista. Se bem que não esteja ainda na terceira idade, já se passaram umas duas décadas desde que comecei a estar debaixo do escrutínio público com o meu trabalho com o Grupo Vocal Olisipo. Resulta daí que quando comecei a ler críticas ao meu desempenho como solista tinha mais de dez anos de experiência com críticos. Se assim não fosse, teria tido muito mais dificuldade em ignorar as críticas que considerava incorrectas (tanto negativas como positivas) e em retirar delas aquilo que era construtivo e passível de me ajudar a melhorar. Um artista em início de carreira pode não ter esse discernimento e sofrer bastante com o que é escrito ou dito sobre ele.


O último dos pontos negativos é o desacreditar da importantíssima profissão de crítico. Se muitos dos críticos forem ignorantes quanto ao objecto que criticam e fizerem observações baseadas no seu gosto pessoal mascaradas de verdades absolutas o todo passará a pagar pela parte e todas as críticas serão alvo de dúvida.


Para quem possa pensar que este último ponto está aqui funcionando como advogado do Diabo saiba que comprei recentemente (bem, há uns dois anos...) o livro "A culpa foi do maestro" que colecciona as críticas daquele que eu considero ser um dos melhores ou mesmo o melhor crítico musical do nosso país, Alexandre Delgado, infelizmente retirado dessas andanças. É um livro que aconselho a todos, músicos, críticos ou melómanos insuspeitos.


Depois de todo este desabafo falta-me explicar porque razão decidi ilustrá-lo com uma foto do compositor Max Reger. Bem, com esta questão recordei-me da carta que Reger mandou para um jornal como resposta à crítica feita à estreia de uma das suas obras. Dizia o compositor ao crítico: "Estou neste momento sentado no quarto mais pequeno da minha casa com a sua crítica à minha frente. Dentro de alguns momentos ela vai estar atrás de mim!"

Vida de Cão





















Nos últimos dias tem sido assim a minha vida. O único problema é conseguir reunir energias para voltar à vida normal...