sexta-feira, maio 30, 2008

Gala de Ópera

Tal como tinha já anunciado, no Sábado dia 31 vou repetir o programa que foi apresentado no início deste mês em Alcanena. Uma vez mais estarei na boa companhia da excelente soprano Sandra Medeiros e da Orquestra Sinfónica Juvenil, dirigida pelo maestro Christopher Bochmann (ambos na foto comigo).
Desta feita o concerto é nas Caldas da Rainha, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas. Espero que corra tão bem como o último ou, pelo menos, que nos divertamos da mesma forma!
Para quem não quiser ir tão longe para nos ver, aviso que este é um dia de grande actividade musical!
Em Óbidos (ali ao virar da esquina das Caldas) vai estar a Capela Real, com a minha querida amiga Maria Luisa Tavares interpretando um programa formado apenas por árias (seis, se não me engano) da ópera Serse de Handel, dirigidos por Álvaro Pinto.
Mais perto de Lisboa, em Almada, no teatro azul, a classe de Interpretação Cénica da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Sílvia Mateus, vai apresentar o seu espectáculo final, trabalho realizado neste segundo semestre, com a ópera Dido and Aeneas, de Purcell.
Como podem ver, não há razão para não ser um fim de semana marcado pela ópera!

quinta-feira, maio 29, 2008

Sydney Pollack

Mesmo com um dia de atraso, não posso deixar de mencionar o desaparecimento de Sydney Pollack. O realizador, particularmente marcante na década de 80, realizou filmes como Tootsie e o multi-oscarizado Out of Africa (África Minha), morreu ontem aos 73 anos.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre a sua vida basta ir aqui e ver também um pouco do seu trabalho como actor.

sexta-feira, maio 23, 2008

Floresta em Bragança

Este Domingo retomo o papel de anão n'A Floresta de Eurico Carrapatoso, desta feita na terra natal do compositor, Bragança. É o fim (pelo menos por enquanto) desta produção, encenada por Carla Lopes e dirigida por António Lourenço e que já passou por Leiria e Aveiro.
Vai ser bom estar uma vez mais com os meus divertidíssimos colegas de elenco (na foto estou eu com a Isabel Alcobia) e restantes membros da produção. É sem dúvida uma ópera que me vai deixar muitas saudades.

Requiem de Bomtempo

Mais de um ano depois, o coro de Câmara do IGL retoma a colaboração com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e interpreta o Requiem de Bomtempo (na foto temos o concerto da Aula Magna).
Foi um projecto um pouco conturbado, mas que se pôde levar a bom porto, graças à boa vontade de todos os envolvidos.
Pela minha parte custa-me bastante não poder estar presente nos concertos, mas estou confiante que tudo vai correr pelo melhor, até porque deixo o coro muitíssimo bem entregue, nas mãos de um maestro muito competente e que o coro adora.
Relativamente ao ano passado mudámos de maestro e de barítono. O Mário Redondo não pode participar e foi substituido pelo Rui Baeta e o maestro é agora o João Paulo Santos, em substituição do maestro Álvaro Cassuto.
Os concertos são amanhã e depois, respectivamente no Bombarral (Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo) e na Lourinhã (Igreja do Castelo), ambos às 21.30.
Espero que haja muito público para receber estes concertos que, a avaliar pelos ensaios, serão um sucesso e espero que o coro saiba que o meu coração está com eles!

domingo, maio 18, 2008

Coro Gregoriano na Sé de Lisboa

Amanhã, Segunda-feira dia 19, pelas 21.30, o Coro Greogriano de Lisboa apresenta-se na Sé Patriarcal de Lisboa. Trata-se do nosso concerto anual, normalmente realizado em Fevereiro mas que este ano, devido a variadas cirunstâncias, teve que ser adiado para Maio. O programa também não é o habitual, já que vamos interpretar a liturgia da Missa de S. Gregório, com alguns excertos das Matinas e Vésperas da festa do dia deste santo, tão ligado ao Canto que recebeu o seu nome.

Para aguçar o apetite fica aqui um pouco do concerto que realizámos no ano passado no Festival de Músicas Sagradas de Fes, em Marrocos. Tendo em conta que é uma gravação pirata (feita não sei por quem) de um concerto ao ar livre, a qualidade de som não é assim tão má.



quarta-feira, maio 14, 2008

Winterreise

Na próxima Sexta-feira começa o meu regresso ao extraordinário ciclo Winterreise de Franz Schubert, quase 10 anos depois de o ter cantado em concerto pela primeira vez.
É uma viagem desoladora pela solidão e pela dor, pela paisagem coberta pela neve e pelos recantos sombrios da mente que, paradoxalmente, mal posso esperar para recomeçar.
Não deixa de ser interessante para mim ver de que forma tudo isto é diferente na casa dos 20 e na dos 30.
Vou ser acompanhado neste e nos próximos recitais pela minha querida Luiza da Gama Santos. Quem nos quiser vez ao vivo, estaremos na Sexta-feira às 19.00 na Fundação Portuguesa das Comunicações (perto da 24 de Julho, entre o Mercado da Ribeira e o Largo de Santos). O recital será gravado pela Antena 2 e transmitido em data a anunciar (a extensão do ciclo impede a transmissão em directo). Quem quiser ouvir as nossas impressões sobre a obra pode ouvir-nos no mesmo dia a partir das 9.00 no programa da manhã da Antena 2.

Zagallos






Para todos os que não puderam estar no Solar dos Zagallos no passado Sábado aqui fica uma imagem do nosso ensaio de colocação.
A nossa foto de fim de concerto mostra bem que, pelo menos da nossa parte, houve muita boa disposição que, penso, se transmitiu ao público que se divertiu bastante connosco.
Quem tiver ficado com a curiosidade aguçada fica a hipótese de nos ouvir no próximo dia 6 de Junho em Lisboa.

sábado, maio 10, 2008

Alcanena


Queixava-me recentemente de não ter uma foto com o Soprano Sandra Medeiros. Ora bem, remediámos esta questão rapidamente no final do concerto de (re)inauguração do Cine-teatro de Alcanena, no qual fomos acompanhados pela Orquestra Sinfónica Juvenil sob a direcção do maestro Christopher Bochmann e que contou com a presensa do Ministro da Cultura.
Aqui estamos nós nos bastidores nos momentos de descompressão final.
Para quem não pôde estar presente, repetiremos o mesmo programa no final deste mês nas Caldas da Raínha. Basta ficar atento a este espaço!

Modinhas

Amanhã, dia 10 de Maio, às 21.30 estarei no Solar dos Zagallos na Sobreda de Caparica para interpretar uma série de modinhas acompanhado pelas minhas amigas e colegas Jenny Silvestre (cravo) e Suzana Silva (Flauta de Bisel e Traverso).
É um programa que nos deu muito prazer a ensaiar e que, esparamos, dará igual prazer ao público. O concerto é bastante original a vários níveis: trata-se de uma série de obras em primeira audição, já que foram tranrcritas pela Suzana, serão interpretadas por uma formação instrumental que não é a mais comum, utilizando o cravo em vez do piano e as flautas e, por ultimo, inclui uma série de modinhas cantadas em italiano, muito ao estilo das Cançonetas de Câmara de Bellini e Donizetti.
Espero ver caras conhecidas e amigas no belíssimo salão dos Zagallos para passarmos em conjunto um serão agradável.

quarta-feira, maio 07, 2008

Gala de Ópera

Tal como nos últimos dois anos vou estar em Alcanena com a Orquestra Sinfónica Juvenil e o maestro Christopher Bochmann. Desta vez o concerto é uma Gala de Ópera na qual vou estar (na excelente) companhia do soprano Sandra Medeiros. Cantámos juntos pela primeira vez há quase 15 anos no concurso Luisa Todi, no qual ambos fomos finalistas e premiados. Depois disto só voltamos a partilhar o palco graças à OSJ, com a qual fizemos alguns concertos com cenas de ópera e o Requiem de Mozart.
Desta feita iremos interpretar árias das óperas Don Pasquale, Don Giovanni e Il Barbiere di Siviglia, terminando precisamente com o dueto de Fígaro e Rosina desta ópera.
À falta de melhores fotos minhas e da Sandra fica esta imagem do concerto de fim de ano da OSJ, no qual ambos participámos.

segunda-feira, maio 05, 2008

La Déscente d'Orphée aux Enfers

Na próxima quarta feira, dia 7, pelas 19.00, vou poder revisitar uma ópera que fiz várias vezes nos últimos anos, La Dèscente d'Orphée aux Enfers de Marc Antoine Charpentier.
Desta vez terei uma nova experiência, que é a de ver a ópera de fora, já que estou envolvido apenas como preparador do coro e de alguns dos solistas. Para quem não sabe passo a explicar: Trata-se de uma produção do Instituto Gregoriano de Lisboa, na qual cantará o Coro de Câmara, ficando os solos a cargo de vários dos seus elementos, excepção feita ao papel principal, cantado pelo meu colega Manuel Brás da Costa. O acompanhamento instrumental será igualmente feito por alunos e professores da escola, tudo sob a direcção de António Carrilho. Como se pode imaginar é um projecto ambicioso para uma escola secundária, mas o prazer de executar esta obra e a beleza da música suprirão certamente as eventuais falhas. Se pensarmos que somos uma escola sem curso de canto a apresentar cerca de 10 cantores solistas, que temos cursos de coradas há tão poucos anos que não temos ainda alunos finalistas (no caso do violino nem sequer alunos com o 5º grau), teremos certamente justificação para alguns (muito pequenos) problemas.
Passando ao importante, o concerto é na Quarta-feira, dia 7 às 19.00 no Palácio da Independência (no Rossio, ao lado do Teatro D. Maria). Para quem não puder estar presente aviso que se trata de um dos concertos abertos da Antena 2, o que significa que vai ser transmitido em directo por esta rádio. Não percam!

Post Scriptum

Tenho que corrigir uma falha, ou melhor, colmatar uma lacuna. Quando falei sobre A Floresta, mencionei que era uma nova produção. O que me faltou foi mencionar que a encenação estava a cargo da Carla Lopes. Quando se pode trabalhar com uma encenadora que até sabe o que é cantar e que ainda por cima está sempre bem disposta, não se pode deixar passar em branco.
Desculpa lá, Carlinha!!!

Citação do dia

Another unsettling element in modern art is that common symptom of immaturity, the dread of doing what has been done before.

Edith Wharton
Depois de uma divertidíssima semana em Aveiro envolvido pela maravilhosa música de Eurico Carrapatoso, esta citação ressoou com particular intensidade para mim. Como se pode atacar música belíssima sob o pretexto da falta de inovação? Como diz o próprio Eurico, ele quer escrever Música e não História! Parece que esta posição era compartilhada por Edith Wharton, o que faz um círculo perfeito com o regresso que A Floresta permite que todos nós façamos à Idade da Inocência...