Requiem

Neste fim de semana passaremos mais uma vez pelo dia de finados, razão pela qual o mês de Novembro vai ser um mês cheio de missas de Requiem, pelo menos pela parte que me toca, e vou poder abordar quatro obras maravilhosas de quatro séculos. Vai ser uma grande oportunidade de poder ver bem de perto a forma como se encarava a morte desde o século XVIII até aos nossos dias, no que diz respeito à música. Os primeiros concertos são já este fim de semana, e marcam os extremos temporais desta minha viagem.

No Sábado às 21.00 estarei na Igreja de São Roque a interpretar o Requiem de Mozart com a Orquestra Sinfónica Juvenil, o coro do Instituto Gregoriano de Lisboa, o Soprano Elvira Ferreira, Mezzo Laryssa Savtchenko e Tenor José Manuel Araújo, sob a direcção do maestro Chrstopher Bochmann. Há 20 anos cantei, inserido no coro do IGL, com a mesma orquestra e o mesmo maestro, pelo que vai ser um boa oportunidade de revisitar o passado!

No Domingo às 18.00 na Sé de Santarém avançamos 4 séculos ate à actualidade para ouvir o Requiem à memória de Passos Manuel de Eurico Carrapatoso. Como tem sido tradicional nos últimos anos a Câmara Municipal de Santarém toma a iniciativa de fazer uma missa de Requiem integrada na liturgia, sempre com um ambiente extraordinário. Depois de ter tido a oportunidade de lá cantar as missa de Requiem de Mozart e Fauré estarei uma vez mais na excelente companhia da Sinfonietta de Lisboa e do Coro Ricercare sob a direcção do maestro Vasco Pearce de Azevedo, desta feita como o único solista nesta maravilhosa obra que nos encanta com as suas sonoridades luxuriantes.

O Requiem de Mozart é oportunidade única, pelo que espero ver muita gente em S. Roque. Quanto ao Carrapatoso, quem não se quiser deslocar a Santarém e participar na liturgia pode sempre ver o concerto da próxima Sexta-feira, dia 7, aqui bem mais perto em Alcochete.

Como sempre, darei mais notícias em breve.

Canções Sacras

Parece que não há quantidade suficiente de música sacra que chegue para defender de todos os males. Neste caso concerto uma "carraspana" que me deitou por terra, trazida por esta mudança de tempo. O esforço para cantar no recital de Sábado no Festival de S. Roque deixou-me afónico mas, felizmente, consegui cantar. Vamos ver como correm as coisas para os concertos que se aproximam.

A gravação do concerto, da qual deixo aqui um pequeno excerto, foi, ainda assim uma agradável surpresa, já que o estado da voz se notou muito menos do que me pareceu. Ao menos que a carga de nervos tenha servido para não desiludir o público presente. Enfim, ossos (frágeis) do ofício...

Festival de S. Roque

Partilho aqui convosco dois vídeos do concerto de abertura do vigésimo Festival Música em S. Roque, com excertos das obras de Eurico Carrapatoso que interpretámos, Horto Sereníssimo e Magnificat em Talha Dourada.

Canções Sacras

No próximo Sábado, às 21.00 terei a minha segunda (mas não última) participação no Festival Música em S. Roque.

Desta feita irei apresentar-me num tipo de concerto raro ou mesmo inédito nos 20 anos de história do festival, um recital de canto e piano.

Juntamente com a minha querida Luiza da Gama Santos interpretarei três ciclos de Lieder com textos sacros: as Seis Canções Sacras (Sechs Geistliche Lieder) de Beethoven, sobre poemas de Gellert, as Quatro Canções Sérias (Vier Ernste Gesänge) de Brahms, sobre textos bíblicos, e as Cinco Canções Místicas (Five Mystical Songs) de Vaughan Williams, com poemas de George Herbert. São três cíclos maravilhosos que sofrem apenas do problema de serem dedicados a vozes completamente diferentes. Enfim, um problema para mim e não para o público.

Será um belíssimo programa para apreciar no não menos belo cenário da Igreja de São Roque.

Espero ter o apoio (presencial!!!) de muita gente amiga!

Cole Porter

O facto de estar a prepar um programa com canções de Cole Porter fez-me lembrar do excelente musical De-lovely, sobre a vida do compositor. Grande parte das canções mais conhecidas de Porter aparecem no filme cantadas por uma série de cantores e actores conhecidos, como Robbie Williams, Alanis Morrissette, Lara Fabian, Sheryl Crow, Elvis Costello, Diana Krall e muitos outros.

A homossexualidade de Porter é abordada sem se tornar o centro do filme e a tensão na relação apaixonada com a sua mulher é genialmente representada por Kevin Kline e Ashley Judd. Um dos primeiros momentos de tensão homoerótica do filme aparece precisamente numa das canções mais conhecidas e ue eu vou cantar na Sexta, Night and Day, aqui cantada por John Barrowman.

É realmente um filme que vale a pena conhecer. Para quem quiser conhecer melhor as canções de Cole Porter pode sempre vir na Sexta-feira a Torres Vedras ao Teatro Cine, pelas 21.30, onde estarei com a minha querida Sónia Alcobaça e o ensemble Darcos, dirigidos por Nuno Côrte-Real

São Roque

Não podia deixar de partilhar convosco algumas das fotos que tirei durante o ensaio de colocação para o concerto de ontem. A concorrência (desleal) do Siegfried, Elixir do Amor e da jogo da selecção fez com que a igreja estivesse mais vazia que o habitual. Ainda assim, só fazem falta os que lá estiveram e viveram-se momentos fantásticos à volta da grande música de Eurico Carrapatoso, no seu décimo aniversário.

Música em S. Roque 2008

Começa já no próximo Sábado, dia 11 a 20ª temporada Música em S. Roque, na qual vou ter algumas participações.

O conceito subjacente à programação é o recordar de concertos que marcaram estes 20 anos de história de um dos festivais de música sacra mais importantes na vida cultural lisboeta.

O primeiro concerto recria e expande um concerto dado há 10 anos, comemorando na altura os 500 anos da Misericórdia de Lisboa, com a estreia do Magnificat em Talha Dourada de Eurico Carrapatoso. Desde essa altura que o compositor pretendia que a obra fosse o número central de um tríptico mariano, iniciado com a Anunciação, continuando com o Nascimento e concluindo com a Morte. O número final foi o Stabat Mater estreado em Março passado no CCB e o primeiro, Horto Sereníssimo entretanto apresentado por nós em vários concertos, vai ser feito em conjunto com o Magnificat, pela primeira vez no local que originou todo este processo, a Igreja de S. Roque. Quem quiser ouvir um pouco da obra basta seguir o linque.

Espero ver muitos rostos amigos em S. Roque no Sábado a comemorar os 20 anos do festival, os 10 anos do Magnificat em Talha Dourada e o prazer da grande música portuguesa.

XI Jornadas Internacionais Música da Sé de Évora

Terminado o fim-de-semana de intenso trabalho em Évora, desta vez dedicado à obra de Duarte Lobo, pudemos partilhar com o público que encheu a Sé de Évora a alegria de interpretar esta música genial. Quam quiser ver as fotos de todos os concertos pode seguir este linque.

Só é pena as fotos não terem som, nem transmitirem a emoção vivida nos momentos.