Requiem de Fauré e Duruflé

No próximo fim-de-semana estarei em Torres Novas para uma nova colaboração com o Coral Sinfónico de Portugal e a sua maestrina Saraswati. Já será a quarta vez e conto voltar a surpreender-me com o empenho e alegria com que os membros do coral, muitos deles sem saber música, se entregam à intrepretação de obras de grande dificuldade do repertório coral-sinfónico. Deixo-vos aqui fotos das colaborações anteriores, nos Carmina Burana de Orff, The Armed Man, A Mass for Peace de Karl Jenkins e Ein Deutsches Requiem de Brahms.

Desta feita o concerto será com duas obras que me dão sempre grande prazer interpretar, os Requiem de Fauré e Duruflé. O primeiro cantei há poucos meses com o coro Ricercare e a Sinfonietta de Lisboa e o Duruflé há muitos anos com a Orquestra Metropolitana, mas ambos são obreas que gosto muito de revisitar.

Para quem estiver na zona de Torres Novas é no Sábado dia 2 no Teatro Virgínia. Até lá!

Olisipo em Faro

Viagens de trabalho nem sempre são divertidas. Não foi o caso deste fim-de-semana, com a viagem a Faro para preparar o concerto dos Dias da Música com o Magnificat em Talha Dourada. A boa companhia associada à boa música só poderia resultar nuns dias muito bem passados e num óptimo concerto (pelo menos do nosso ponto de vista e a julgar pela reacção do público).

A Orquestra do Algarve esteve à altura do seu excelente nível habitual, que me surpreende pela positiva de todas as vezes que canto com ela, e foi um prazer trabalhar com o maestro Cesário Costa, um excelente maestro a nível técnico, mas que nunca deixa o tecnicismo obscurecer a musicalidade e o bom gosto.

Quanto aos restantes participantes no concerto, estamos juntos há mais de 10 anos a interpretar esta obra e disse várias vezes nos últimos tempos que estamos em muito melhor forma do que há uma década.

Para quem esteve no CCB, espero que tenham passado um bom momento. Para os restantes, fica o registo áudi que espero poder partilhar aqui em breve.

Dias da Música

Depois de um fim-de-semana alucinado, no qual passei por Loulé, para cantar com a Orquestra Sinfónica Juvenil e o Coro do IGL a Missa em Dó M do Compositor alemão Eberlin (pois, eu também nunca tinha ouvido falar) estou de volta ao Algarve, para ensaiar com o Grupo Vocal Olisipo e a Orquestra do Algarve.

Os ensaios visam a preparação do Magnificat em Talha Dourada, obra que tenho o privilégio de cantar desde a sua estreia há dez anos. Para quem quiser ouvi-la basta ir ao CCB no Sábado dia 25 e ouvir o nosso concerto no Pequeno Auditório às 16.00. Os que não puderem estar presentes poderão ouvir em directo na Antena 2 este concerto integrado nos Dias da Música. Se se concretizar a hipótese de transmissão pela Eurorádio di-lo-ei aqui assim que saiba. Até lá, e para quem não gostar do CCB nem de ouvir rádio basta ir comprar o nosso disco com a obra ;-)

Brincadeiras à parte, é muito bom poder participar numa iniciativa desta importância, sobretudo com uma obra com a qual tenho uma ligação emocional tão grande.

Dia da voz

No meio de uma semana particularmente intensa em termos de trabalho, com vários ensaios e concertos, ainda tive tempo para participar nas comemorações do dia da voz na Escola Superior de Música, em conjunto com o Coro Gregoriano de Lisboa.

Aqui fica uma imagem do nosso ensaio.

Páscoa

Easter

Rise, heart: thy Lord is risen.
Sing His praise
Without delays.
Who takes thee by the hand, that thou likewise
With Him may’st rise;
That, as His death calcined thee to dust,
His life may make thee gold, and much more, just.
Awake my lute and struggle for thy part
With all thy art.
The cross taught all wood to resound His name
Who bore the same.
His stretched sinews taught all strings what key
Is best to celebrate this most high day.

Consort both heart and lute, and twist a song
Pleasant and long;
Or since all music is but three parts vied,
And multiplied,

O let Thy blessed Spirit bear a part,

And make up our defects with His sweet art.

George Herbert

Páscoa

Ergue-te, coração: o Teu Senhor ergueu-se.
Canta os Seus louvores
Sem demoras.
Quem te conduz pela mão para que, da
mesma forma, te possas erguer com Ele;

Para que, como a Sua morte te reduziu a pó, a Sua vida te torne em ouro, e muito mais, justo.
Desperta meu alaúde e luta pela tua parte
Com toda a tua arte.
A Cruz ensinou toda a madeira a ressoar o Seu nome
Por ter sofrido o mesmo.
Os Seus tendões esticados ensinaram a todas as cordas
Qual o melhor tom
Para celebrar este altíssimo dia.
Ponde de acordo coração e alaúde, e elaborai uma canção
Agradável e longa;
Ou como toda a música não é mais que três partes em competição multiplicando-se,
Deixa que o Teu abençoado Espírito tome uma parte,
E compensar os nossos defeitos com a Sua doce arte.

Tradução - Armando Possante

Canções Sacras

Amanhã pelas 18.00 estarei na Igreja de Sta. Maria na belíssima vila de Óbidos com a minha querida amiga Luiza da Gama Santos (que vai estar quase a jogar em casa). 

Tivemos o priveilégio de estar em Óbidos no Verão passado, num concerto inserido na SIPO (Semana Internacional de Piano) e agora regressamos com um programa de Lieder sacros adequado à Semana Santa. Iremos interpretar obras de Beethoven (Sechs Lieder von Gellert), Brahms (Vier Ernste Gesänge), Wolf (Geistliche Lieder) e Vaughan Williams (Mystical Songs).

Quem estiver pela região Oeste será muito bem vindo. Para os restantes, fica um aperitivo.

Matthäus Passion

A obra que para mim mais simboliza a época pascal e que é simultaneamente a mais extraordinária da história da música ocidental vai ser interpretada amanhã no Grande Auditório do CCB pelas 21.00.

A interpertação está a cargo do Grupo Vocal Officium, pela Orquestra Barroca Divino Sospiro e por vários solistas nacionais e estrangeiros, entre os quais conto alguns bons amigos. Tudo isto será dirigido pelo maestro Enrico Onofri.

Pelo facto de estar a ajudar o Pedro Teixeira, maestro do Officium, enquanto esteve doente, tive a fantástica oportunidade de poder dirigir alguns ensaios da Paixão e conviver por dentro com a preparação do concerto. Foi para mim um privilégio e se algumas das minha concepções sobre a obra ainda forem audíveis amanhã vou ficar orgulhosíssimo. Interesses pessoais à parte, promete ser um concerto magnífico e espero que muitos se juntem a mim na plateia do Grande Auditório.

Absolut Rainbow

Como forma de comemorar os 30 anos da adopção da Bandeira Rainbow como símbolo da comunidade Gay, e bem a propósito da legalização do casamento gay na Suécia, a marca sueca de vodka Absolut lançou esta edição especial, que é um must para todos os apreciadores de vodka e de um mundo harmonioso.

O texto na garrafa diz:

In an Absolut world everybody is encouraged to be who they are. Thet world is more colorful, diverse and respectful. Be proud of who you are and let your true colors shine. Absolut has been consumed by proud people since 1879.

Parece-me uma bela mensagem e eu, pela minha parte, já tenho a minha garrafa. Estão à venda em garrafeiras em Lisboa por cerca de 16€. Todos às compras!

E vão sete...

No passado dia 1 de Abril (e não foi mentira...) a Suécia tornou-se o sétimo país do mundo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois da Holanda, Bélgica, Espanha, África do Sul, Canadá e Noruega. Acrescentam-se a este número alguns dos estados dos Estados Unidos (recentemente o Iowa) e as dezenas de países que têm uniões civis recenhecidas por lei, como o Reino Unido, a Dinamarca e a Alemanha, para citar apenas alguns.

Sei que já disse isto algumas vezes, mas durante quanto mais tempo contiuaremos orgulhosamente sós?