A poucos dias de lembrarmos um importante acontecimento da História recente do nosso país parece-me importante deixar aqui um dos exemplos mais marcantes da necessidade imperiosa de recordar o passado para impedir que os erros se repitam. Confesso que só muito recentemente ouvi falar do Massacre de Lisboa, precisamente por causa dos 500 anos que agora passaram. É um daqueles casos a propósito dos quais cai por terra absolutamente o mito de que somos um povo de brandos costumes. É difícil imaginar o largo da Igreja de S. Domingos, actualmente ao lado do Teatro Nacional D. Maria II, preenchido por uma multidão assassina completamente ensandecida a realizar uma limpeza étnica. É muito mais confortável imaginar este tipo de coisas na Alemanha Nazi. Convenhamos que nem estes se entretiveram a defenestrar mulheres grávidas sobre lanças...
Em suma, o aniversário passou já há alguns dias, mas se os Telejornais nacionais se puderam dar ao luxo de só se lembrar do assunto hoje, eu também posso. Ao fim e ao cabo o que é verdadeiramente importante é não esquecer.
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