Passando de desalento para antecipação expectante quase frenética, começam esta Quinta-feira as décimas jornadas internacionais de música da Sé de Évora. Vai ser para mim uma honra participar pela terceira vez num evento que comete a loucura de me colocar em pé de igualdade (pelo menos nominal) com alguns dos maiores nomes mundiais ligados à música renascentista.
Se não fosse o Peter Phillips e os Tallis Scholars talvez eu não me tivesse interessado tanto por este tipo de música e teria certamente tido um percurso musical muito diferente. Se não tivesse ouvido os Tallis nas (saudosas) Jornadas de Música Antiga da Fundação Calouste Gulbenkian há 20 anos os meus objectivos como músico teriam sido muito diferentes.
Para além da admiração musical, é um grande prazer conviver com pessoas fantásticas como o Peter, o fantástico Owen Rees, o meu amigo Pedro Teixeira e todas as caras conhecidas de outras jornadas e também as novas que surgem todos os anos.
Junte-se a isto o lindíssimo cenário de Évora e a gastronomia alentejana e temos o cenário perfeito.
A cereja no topo do bolo vai ser o facto de pela primeira vez se ir trabalhar apenas um obra nas Jornadas, para apresentar no concerto final. Que obra poderia ser melhor para isso que o Requiem de Manuel Cardoso, discutivelmente a maior obra prima da música reanscentista portuguesa.
Para completar o ramalhete teremos um concerto dado pelo Hilliard Ensemble, velhos amigos que não vejo há alguns anos.
Só mesmo da capacidade organizativa da genial Helena Zuber poderia vir um fim de semana destes. Resta-me agradecer o convite, esperar com antecipação por Quinta-feira e dizer a todos que ainda não se inscreveram que se apressem se querem ainda tomar parte. Basta ir ao site do Eborae Mvsica .
Até Quinta!!!
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