Sâo como divãs

Pôr do Sol em Armação

Ou como dizia no famoso guia do Algarve (ou seria do Allgarve?), em Scaffolding of Pear!

Black Canary

Como apreciador de banda desenhada que sou esta notícia deixou-me bastante espantado. A companhia de brinquedos Mattel decidiu fabricar uma boneca Barbie à imagem da personagem Black Canary da DC Comics. Black Canary, de seu nome civil Dinah Lance, foi introduzida na BD em 1947 já com o seu visual característico marcado pelas meias de rede tem-se mantido quase ininterruptamente em publicação como uma das personagens femininas mais fortes durante os últimos 60 anos, em revistas como Justice League of America e Birds of Prey. Nos anos 80 e 90 uma história controversa fê-la passar por uma violação, consequente trauma psicológico que acarretou a perda dos seus poderes e posterior recuperação, consideradas sempre como um exemplo para mulheres em situações semelhantes e uma das poucas histórias a abordar tais temáticas de forma consistente e positiva nos media.

No ano passado Dinah decidiu oficializar a sua relação com o seu parceiro de longa data, Green Arrow, com quem casou.

Tendo em conta tudo o que disse parece uma boa escolha para uma Barbie, sendo um modelo positivo e que reforçará a auto-estima das meninas que a adquiram, defendendo ao mesmo tempo valores tradicionais como o casamento, não é? Não!

O grupo religioso Christian Voice afirmou : “Barbie has always been on the tarty side and this is taking it too far. A children’s doll in sexually suggestive clothing is irresponsible – it’s filth.”

Deixo então aqui o aviso: estas roupas pecaminosas dos anos 40 devem ser banidas, ninguém deverá nunca usar meias de rede, sob pena de ser chamada uma vadia. A escolha de um modelo de comportamento para as crianças deve estar sempre ligado à imagem e não aos actos e, mais importante de tudo, não deixem as crianças ser infuenciadas pela Barbie, que sempre foi uma ordinária, mas agora então...

Sea Symphony

Ainda não tinha tido oportunidade de partilhar convosco as fotos tiradas antes do concerto do mês passado com a Sea Symphony de Vaughan Williams. O palco sobre o mar com esta vista magnífica sobre o Farol do Bugio numa noite abençoada com um luar perfeito foram uma grande inspiração para mim, a minha querida Sónia Alcobaça (comigo em primeiro plano na última foto), o Coral Lisboa Cantat e o meu amigo Francisco Sassetti que, espero eu, estivemos à altura da beleza da obra, sob a direcção segura do maestro Jorge Alves.

O que não se vê nas fotos é a ventania terrível que se fez sentir durante todo o ensaio e parte do concerto e que ameaçou levar o palco com todos nós lá em cima. Enfim, a beleza da música acalma as feras e aparentemente também doma os elementos, porque acabámos por ter calmaria no fim do concerto.

Mais Modinhas

Estava à espera da confirmação destas datas e ela chegou hoje mesmo, como poderão ver nas "Notas na Agenda".

Pois é, eu e as minhas queridas Jenny Silvestre e Susana Silva vamos ter a oportunidade de repetir mais três vezes o nosso programa de Modinhas que foi já feito no Solar dos Zagallos e na Fundação Portuguesa das Comunicações.

Desta feita são concertos ao ar livre, como convém à estação, em Caxias e com figurinos de época. Assim sendo terei certamente fotos engraçadas para aqui pôr.

Este foi um dos casos em que fiquei muito contente por não ter concertos confirmados, já que a proposta inicial era para sete concertos, em todos os Sábados de Agosto! Enfim, a praia também faz falta a um cantor...

Douro

No final do curso de Esposende escapei-me um dia às obrigações para ir ao casamento de uma grande amiga.

O sítio tinha uma vista deslumbrante sobre o Douro que não pude deixar de partilhar.

A única dúvida que me resta é se na actualidade deveríamos ou não chamar a esta zona o All-to Douro?...

Wake up!!!

Há já quase um ano que deixei de ser acordado assim (quer dizer, sem a última parte, claro) e tantas saudades que sinto.

Anyway, qualquer dos meus leitores que já tenha vivido com um gato vai reconhecer características do seu felino neste vídeo. É esta manha característica que nos cativa e nos encanta para toda a vida.

Citação do dia

I don't mind straight people as long as they act gay in public.

Dennis Rodman

As divas de Esposende

Dizia uma grande cantora da nossa praça que ou bem que somos cantores ou bem que somos modelos. Pois a verdade é que ninguém o diria em Esposende com a junção de beleza e talento que as nossas meninas tinham (pronto, pronto, os rapazes também...)

Gaba-te cesto...

A modéstia é uma característica muito importante em qualquer pessoa, e num artista ainda mais, já que nos permite manter a noção das nossas limitações. Por outro lado, a noção exacta dessas limitações permite que, em ocasiões especiais possamos ter algum prazer com os nossos feitos e cultivar a nossa auto-estima, que é uma ferramenta essencial.

Foi para mim uma grande honra poder ter um concerto integrado na programação da XIII Semana Internacional de Piano de Óbidos, ao lado de nomes tão importantes como Margulis ou Badura-Skoda. Só isto já seria uma forma especial de terminar esta temporada de concertos. Ter tido esta oportunidade não por qualquer tipo de recomendação mas porque os organizadores me ouviram em concerto e decidiram convidar-me é ainda melhor. Conseguir fazer um recital que esteve tão perto quanto possível do melhor que consigo fazer nesta fase da minha vida foi a cereja no topo do bolo.

Não podia deixar de partilhar com os meus cyber-amigos e leitores a grande alegria que eu e a minha querida Luiza Gama Santos tivemos ontem num momento tão especial como foi o recital.
Podia agora citar alguns dos piropos que ouvi no fim do recital, mas aí sim estaria a ir muito além do que a modéstia me permite :-).
E chega deste assunto. Vou à vindima...

Óbidos by night

A segurança rodoviária pode ter sido um pouco comprometida, mas não resisti a tirar esta fotografia durante uma das minhas várias viagens nocturnas da semana passada de Norte a Sul do país.

Sipo 2008

O recital desta quinta-feira em Óbidos está inserido na SIPO - Semana Internacional de Piano de Óbidos, que conta com nomes importantíssimos da cena internacional e cujo convite muito nos honra, a mim e à minha querida Luiza Gama Santos. Quem seguir o linque para a página do programa pode ficar descansado porque eu ainda não mudei de nome artístico...

Para quem quiser dar um passeio, sempre bonito, à maravilhosa vila de Óbidos poderá passar um serão na nossa companhia e na de Schumann, Fauré, Duparc e Lacerda.

Lá vos espero!

Esposende

Acabado de regressar de Esposende onde tive a oportunidade de trabalhar com dez jovens (pois, velhos são os trapos e os alunos eram todos mais novos que eu, ainda que não muito...) talentos, que muito me impressionaram, estou em plena preparação para um recital em Óbidos que será o fim da temporada.

Como todos os leitores compreenderão, o tempo não é muito, mas prometo mais actualizações muito em breve.

Até lá deixo-vos com a beleza do crepúsculo em Esposende

On the beach at night alone

On the beach at night alone,

As the old mother sways her to and fro singing her husky song,

As I watch the bright stars shining, I think a thought of the clef

of the universes and of the future.

A vast similitude interlocks all,

All spheres, grown, ungrown, small, large, suns, moons, planets,

All distances of place however wide,

All distances of time, all inanimate forms,

All souls, all living bodies though they be ever so different, or indifferent worlds,

All gaseous, watery, vegetable, mineral processes, the fishes, the brutes,

All nations, colors, barbarisms, civilizations, languages,

All identities that have existed or may exist on this globe, or any globe,

All lives and deaths, all of the past, present, future,

This vast similitude spans them, and always has spann'd,

And shall forever span them and compactly hold and enclose them.

Walt Whitman

Sea Symphony

Que melhor sítio para cantar uma obra sobre o mar do que literalmente sobre o mar? É assim mesmo que na sexta-feira, dia 18, irei interpretar a maravilhosa Sea Symphony (a Sinfonia nº 1) de Ralph Vaughan Williams. Apesar de ser uma versão com piano que não nos permitirá ouvir a orquestração verdadeiramente luxuriosa e genial de Williams, toda a riqueza harmónica estará presente, bem como as belíssimas melodias que musicam o não menos belo poema de Walt Whitman sobre o mar.

Comigo estará o Coro Lisboa Cantat e a minha querida Sónia Alcobaça e seremos acompanhados ao piano pelo Francisco Sassetti, tudo sob a direcção de Jorge Alves.

É nas piscinas oceânicas de Oeiras e a entrada é livre. Celebremos a beleza do mar e da música!

Esposende 2008

E na próxima semana lá vou eu de novo para Esposende, onde passei uma temporada fantástica no ano passado (como é possível já ter passado um ano...) que, espero, seja superada este ano. Para os interessados em participar no curso há que apressar as inscrições, porque falta pouco tempo e há poucas vagas! Todos a Esposende!

Anúncio no DN

Pedro sonha Inês em corpo e alma

Salão Nobre recebe ópera de estreia do inglês Christopher Bochmann

Em quase 40 anos de actividade como compositor, nunca Christopher Bochmann (n. 1950) havia abordado a ópera. Ausência hoje (21.00) quebrada, com a estreia de Corpo e Alma, ópera de câmara em sete cenas a partir do drama Pedro, o Cru (1913), de António Patrício (1878-1930), no Salão Nobre do Teatro de São Carlos, dotado de um palco para o efeito.

O autor escolheu este tema "de propósito, porque todos o conhecem". Intenção era "resolver à partida esse problema, para me poder concentrar na interpretação do tema e não na sua narração". Desconhecia o original de Patrício: "li e gostei muito da linguagem usada. Senti-a adequada ao tipo de texto que procurava". Explicita: "em Pedro, o Cru, a história é talvez menos importante que a qualidade da linguagem utilizada."

Em Corpo e Alma, Bochmann quis "traçar a evolução das atitudes de D. Pedro a partir do momento em que exuma o corpo de D. Inês" (1.ª Cena). Nesse momento inicial, o autor usa o mecanismo teatral de "estabelecer, criar um ambiente, a partir do qual o argumento se desenvolve". Vemos um Pedro "ainda razoavelmente lúcido", lucidez que "desaparece a partir do momento em que vê o corpo de Inês", dando início a "vários graus diferentes de delírio".

Segundo Bochmann, a obra divide-se em duas partes com três cenas cada, separadas por uma Dança - "a primeira metade lida com a obsessão de D. Pedro pelo corpo de Inês, a sua memória física dela". Por seu turno, a segunda "tem mais a ver com uma progressiva fusão espiritual com a alma dela". A Dança é "uma invenção minha, que impus". A sua colocação no centro tem uma razão de ser: "a bailarina que aí aparece é a única representação física de D. Inês em toda a obra". Como um momento-pivot, a Dança "culmina o olhar físico de Pedro, para ser interrompida pela segunda parte, que introduz uma viragem na perspectiva do rei". A sua posição "completa as proporções" da obra, uma preocupação de Bochman enquanto compositor.

Corpo e Alma foi ab initio destinada à Sinfónica Juvenil, de quem partiu a encomenda e o compromisso de produzir/estrear a obra - "a ideia foi sempre uma obra de câmara, pois sabia que não teria uma grande orquestra à disposição, nem financiamento para muitas vozes e que deveria controlar a duração [a obra dura cerca de uma hora]". Diz-se "muito contente" com o seu Pedro [Armando Possante] e fala de uma récita "visualmente muito rica", apesar de ser só "uma espécie de encenação"

Dixit Dominus e Paukenmesse

A actividade frenética dos últimos tempos ainda não vai parar completamente. Amanhã estarei com os meus amigos do Grupo Vocal Olisipo e a Orquestra Metropolitana de Lisboa na Igreja de S. Roque, pelas 18.00, para cantar no concerto comemorativo dos 510 anos da Santa Casa da Misericórdia.

Do programa constam duas obras relacionadas de alguma forma com temáticas bélicas, o Dixit Dominus de Handel e a Paukenmesse (Missa in Tempore Belli) de Haydn.

Será um Olisipo alargado, com 13 cantores no total (esperemos que não dê azar...), muitos dos quais serão solistas, tudo sob a direcção de Filipe Carvalheiro.

Apesar de ser um evento privado, pelo que nos disseram as portas da Igreja de S. Roque estarão abertas para quem se quiser juntar às comemorações e todos serão muito bem vindos.

Parabéns Escola Superior de Música de Lisboa

Num dia cheio de efemérides a Escola Superior de Música comemorou 25 anos de existência, precisamente quando mudou para as novas e fantásticas instalações em Benfica (aqui ao lado na foto). Neste mesmo dia tive o prazer de estar no exame da minha primeira aluna finalista em Canto, a Joana Martins, que teve uma óptima classificação. Para completar, a secretaria da escola entregou-me hoje o meu diploma de curso (muitos anos mais tarde...).Eu não disse que era um dia cheio de efemérides?

Tirando a parte egocêntrica, parabéns à Escola e a todos os seus!

Corpo e alma - estreia

As freiras em Coimbra, no início da ópera























Pedro é seduzido pela aparição da alma de Inês


















Agradecimentos finais, com o compositor ao centro


Feita uma pequena pesquisa na blogosfera encontrei estas fotos da estreia no passado Sábado de Corpo e Alma, no salão nobre do TNSC, entre as quais a imagem sinistra em que eu apareço por trás da Sofia Inácio, no papel de Inês de Castro. Terá sido assim tão sinistro para os presentes?

Pedro e Inês

Como dois abismos a beijar-se...

Corpo e alma

Aqui fica o registo da alegria em bastidores momentos antes da estreia da ópera Corpo e Alma. Apesar de toda a intensidade dramática em cena, a boa disposição e o companheirismo foram uma constante e uma experiência extraordinária. Pela parte que nos toca a estreia foi também muito bem sucedida.

Comigo na foto estão os meus companheiros de longa data do Grupo Vocal Olisipo, Elsa Cortez, Lucinda Gerhardt, Susana Moody, Diogo Cerdeira e Ricardo Martins e a espantosa bailarina Sofia Inácio, a minha Inês de Castro

Vila Viçosa

Deixo-vos com imagens do imponente Paço Ducal de Vila Viçosa onde tive o prazer de cantar hoje para uma sala surpreendentemente cheia, tendo em conta os 41º que se sentiam.

Para além do paço, fica também uma imagem "cândida" dos meus colegas de concerto durante o nosso ensaio.

Lorraine Hunt Lieberson

Ao procurar interpretações da maravilhosa cantata Ich habe genug deparei-me com esta versão absolutamente mágica pelo mezzo-soprano americano Lorraine Hunt, uma das minhas vozes favoritas no repertório barroco e que tive o privilégio de ver ao vivo no grande auditório do CCB há uns 15 anos no papel principal da Medée de Charpentier.

A interpretação torna-se particularmente comovente quando sabemos que este foi o último concerto da grande cantora na Holanda, no Muziekgebouw an het Ij (sala onde já tive o privilégio de cantar algumas vezes), cerca de um ano antes da sua morte, em 2006, aos 52 anos, vítima de cancro.

Para quem não conhece a Cantata, o texto desta primeira ária fala precisamente do cansaço criado pela vida e pelo desejo da chegada da morte, aproveitando as palavras de Simeão ao ver finalmente o seu salvador. A segunda ária Schlummert ein pede o alívio do sono para os olhos cansados e a cantata termina com uma última ária, Ich freue mich auf meinem Tod, na qual o autor diz que se alegra pela chegada da sua própria morte.

A vida imita por vezes a arte, e não podemos deixar de pensar quanto deste texto era pessoal para Hunt na altura deste concerto. Uma interpretação notável e uma inspiração que tentarei seguir e honrar, não só no concerto de amanhã como nas récitas de ópera que se seguirão, numa série de dias marcados do ponto de vista artístico pela presença da morte.

Ich habe genug

Entre o ensaio geral e a estreia de Corpo e Alma vai ainda haver tempo para uma visita a Vila Viçosa. Amanhã, dia 27, às 21.00 na Capela do Paço Ducal irei interpretar duas cantatas de Bach, BWV 56 Ich will den Kreuzstab gerne tragen e BWV 82 Ich habe genug.

Nesta viagem alentejana serei acompanhado pelos meus colegas e amigos António Carrilho e António Esteireiro.

Apesar da distência a que a maioria dos meus leitores estão de Vila Viçosa, o concerto será gravado pela Antena 2, pelo que talvez haja hipótese de o virem a ouvir mais tarde.

Pedro, o Cru

E aqui estou eu, com o meu fato régio, aproveitando o intervalo na varanda do Salão Nobre. Com o calor que tem estado não é fácil aguentar um fato de veludo durante uma ópera inteira...

De profundis

Tal como tenho vindo a mencionar, eu, o Grupo Vocal Olisipo e a Orquestra Sinfónica Juvenil estamos neste momento em ensaios para a ópera Corpo e Alma de Christopher Bochmann, que terá a estreia mundial no próximo dia 28, Sábado, às 21.00 no Salão Nobre do Teatro Nacional de S. Carlos. O grupo será formado por cinco cantores, Elsa Cortez, Lucinda Gerhardt, Susana Moody, Diogo Cerdeira e Ricardo Martins, aqui um pouco desfocados numa foto de ensaio da sexta cena da ópera, um belíssimo De profundis cantado a cappella.

Na outra foto temos o compositor/maestro dirigindo a mesma cena.

Todos ao S. Carlos!

Corpo e Alma

Em pleno período de ensaios deixo a imagem do cartaz promocional da ópera de Christopher Bochmann Corpo e Alma, que estreia na próxima sexta-feira, dia 28, às 21.00 no Salão Nobre do Teatro Nacional de S. Carlos.

A entrada é livre, mas sujeita a billhete, que se pode já reservar no site da Orquestra Sinfónica Juvenil
Espero ver muitas caras amigas a partilhar o momento especial que será o nascimento desta obra da qual tenho a honra de ser o dedicatário.

Audição de Canto

Neste Sábado pelas 12.30 no Instituto Gregoriano haverá uma audição das minhas alunas de Canto da Escola Superior de Música, com o objectivo de preparar os exames finais da próxima semana.
As participantes são a Sara Gonçalves, Diana Afonso e Joana Martins, sendo esta última aluna finalista, e serão acompanhadas pelo meu querido colega e amigo Francisco Sassetti.

Apesar do aviso tardio espero ver caras conhecidas no público!

Concertos finais

Com todo o trabalho inerente ao final do ano lectivo o concerto final dos coros do Instituto Gregoriano no Sábado passado não passou neste espaço do anúncio nas Notas na Agenda, aqui na barra lateral. Foi um sucesso e apesar da competição do primeiro jogo da selecção ao mesmo tempo conseguimos ter casa cheia (a foto foi tirada antes de abrir as portas, durante o ensaio!).

Ainda assim, não queria deixar de mencionar o concerto de amanhã, que será a minha actividade final do ano lectivo com o coro. Na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha, às 16.00 interpretar-se-á a Missa dos Conventos de François Couperin. É a apresentação final dos alunos da classe de órgão do meu colega António Esteireiro que estiveram nos últimos dias a trabalhar com o renomado organistas José Luís Gonzalez Uriol. A missa alterna andamentos tocados ao órgão e cantados em Canto Gregoriano, pelo que contará com a participação do Coro Gregoriano do IGL, dirigido por mim.

Espero ver por lá muitos apreciadores do Canto Gregoriano e de música para órgão.

Como dois abismos a beijar-se

O céu e a terra escutaram-se, entenderam-se, como dois abismos a beijar-se.

Estas são as palavras de D. Pedro ao falar do seu amor por D. Inês de Castro na peça de António Patrício Pedro o Cru, adaptada para libreto por Laureano Carreira e musicada como ópera por Christopher Bochmann.

Pedro serei eu, num enorme desafio que espero conseguir ultrapassar. A ópera estreia no final deste mês no Salão Nobre do Teatro Nacional de S. Carlos e os ensaios de cena com orquestra estão quase a começar. A excelência e interesse do projecto (quase) apagam o medo criado pela sua dificuldade. Enfim, vale ter muitos amigos em palco, com a presença do Grupo Vocal Olisipo, que se desdobrará em personagens (abadessa e freiras, coveiro, povo, monges, etc.) da Sinfónica Juvenil e a direcção segura do compositor.

Prometo actualizações em breve, mediante o tempo disponível.

Chipper and Perky? Moi?

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Com o stress em que ando na preparação para a ópera Corpo e Alma, que até me tem mantido afastado deste espaço, estou surpreendido por o meu nível de cafeina ser só este. Será que já estou imune???

E o "Bum!" do Zabumba...

O "Bum!" do Zabumba vai retumbar uma vez mais no concerto de modinhas que vamos apresentar já esta sexta-feira às 19.00 na Fundação Portuguesa das Comunicações. Não temos zabumba propriamente dito, mas a flauta traverso e o cravo não faltarão (e a voz também não, espero eu).

Para quem não nos pôde ver no mês passado no Solar dos Zagallos tem agora a oportunidade de ouvir este divertido programa, tanto no local como em direto através da Antena 2, no programa Concerto Aberto. Vai ser uma grande mudança de ambiente relativamente ao meu último recital

no mesmo espaço, mas nem só de angústia e sofrimento vive a música, e agora que já se sente o Verão a aproximar vale a pena descontrair um pouco!