Ontem à noite, depois de chegar do concerto do Requiem de Mozart, tive a aportunidade de ver o documentário que a 2: passou sobre uma das minhas cantoras favoritas, a soprano norte-americana Jessye Norman.
Foi um programa fantástico, no qual, para além de ter a oportunidade de ouvir uma intérprete maravilhosa cantar excertos tão variados como o lamento de Dido do Dido and Aeneas de Purcell, o Liebestod do Tristan und Isolde de Wagner ou o Beim Schlafengehen de Strauss, pude ter um pequeno vislumbre da pessoa por trás do mito.
De acordo com o que ela própria disse, creio que tudo o que se passa no mundo está de certa forma relacionado. Assim, algumas das frases que a cantora disse ecoaram para mim nos acontecimentos recentes da actualidade no Médio-oriente. Como se isto não fosse suficiente, tudo isto me foi recordado pelo post d@ Manel no Blue!. Já lá dizia a tia Magarida, Não há coincidências!
Se a entrevista tivesse sido transmitida em directo as afirmações não seriam mais actuais e pertinentes. É interessante ver uma cantora com quase quarenta anos de carreira a dizer que sente mais medo que nunca ao viajar pelo mundo dado o estado actual da política mundial. Que tem medo de ser pessoalmente responsabilizada pelas acções do seu governo pelo simples facto de ter nascido nos Estados Unidos. Que não consegue compreender como é que o Governo eleito de uma nação soberana pode dar mais importância ao que dois adultos fazem com consentimento mútuo dentro das paredes do seu quarto do que à destruição e morte de outras nações. Que gostava de compreender a ideia por trás do racismo. Mais importante que tudo isto, que gostava de saber, já que a força criadora de tudo no Universo é o Amor, como é possível que haja tanto Ódio.
Todos nós gostariamos de saber...
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