domingo, dezembro 02, 2007

Fase final de ensaios


























Aqui ficam algumas fotos dos últimos ensaios para a récita de ontem no magnífico auditório de Espinho

quinta-feira, novembro 29, 2007

Dido and Aeneas - Ensaios






Para abrir o apetite aqui ficam umas imagens do primeiro ensaio de cena...

Dido and Aeneas

No próximo Sábado, dia 1, no Auditório de Espinho, volto a um dos meus papéis favoritos, Aeneas em Dido and Aeneas de Henry Purcell, uma das minhas óperas fetiche desde há muitos anos.
O elenco é muito semelhante ao que cantou no passado mês de Agosto em Óbidos, embora com dois cantores diferentes e com uma outra orquestra e encenação.
Comigo estará uma vez mais a minha Dido de eleição, Maria Luisa Tavares, a minha querida Sónia Alcobaça como Belinda, a Diana Afonso como Second Woman (isto de ser professor também passa por arranjar uns "gigs" aos alunos), a Elsa Cortez como uma Sorceress tão assustadora quanto pequena, a Lucinda Gerhardt como o Spirit que estraga toda a história com as más notícias que traz e o Diogo Cerdeira como Sailor. Os coros estão a cargo do Grupo Vocal Olisipo, a parte instrumental do Quarteto Arabesco, Marta Vicente, Joana Amorim, Tiago Freire e Nuno Oliveira e a direcção de António José Carrilho e a encenação de Jorge(inho) Rodrigues.
Para quem não se puder deslocar a Espinho terá a hipótese de ouvir mais tarde na Antena 2 que irá gravar. A malta amiga da zona norte será muito bem vinda. Até Espinho!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Dia de Santa Cecília

Pois é, já passou mais um ano. É mais uma vez o dia da nossa padroeira.
Continuando a tradição de anos anteriores os professores do Instituto Gregoriano vão apresentar-se em concerto para gáudio (ou não) dos seus alunos.
Este ano muda a tradição, já que em vez de um vão fazer-se dois concertos, um às 13.00 e um às 19.00. Como parece que tenho pouco que fazer vou apresentar-me em ambos. No primeiro vou cantar três canções de Vièrne acompanhado ao órgão pelo António Esteireiro e no segundo quatro divertidíssimas canções de Fine com a Ilda Ortin ao piano.
Se se mantiver o hábito teremos muita gente no público. Ainda assim vale a pena divulgar, quem sabe se não aparecem ainda mais melómanos interessados.
Até logo, e um feliz dia de Santa Cecília a todos!

De volta à Culturgest

Ontem, dia 20, voltei ao grande auditório da Culturgest, menos de dois meses depois do Festival Expresso do Oriente, desta feita concluindo uma sequência de concertos em conjunto com a Sinfonietta de Lisboa e o Coro Ricercare, interpretando mais uma vez a Messa di Gloria de Puccini.
Foi um prazer poder cantar mais uma vez esta belíssima obra, sobretudo em tão boa companhia.
Ficamos à espera de mais. Até lá fica uma foto do concerto que demos em Santarém no passado mês de Abril.

sábado, novembro 17, 2007

Olisipo em S. Roque

Mais precisamente em S. Pedro de Alcântara, mas inserido na programação do festival Música em S. Roque, com o qual temos muito prazer em voltar a colaborar pela (se não me faltam as contas) quinta vez. Se não estiver enganado nestas contas, este será o nosso quarto concerto na bonita e acolhedora igreja de São Pedro de Alcântara.
O programa é formado pelos responsórios de Quinta-feira Santa de Francisco Martins e pela belíssima Missa Secundi Toni de Manuel Cardoso. Junta-se aos cantores habituais do GVO a nossa colaboradora frequente Susana Duarte para completar a fantástica textura a seis vozes (dois sopranos, dois altos, tenor e baixo) da missa de Manuel Cardoso.
O concerto é no Domingo, dia 18 às 17 horas. Espero ver por lá muitas caras amigas.

terça-feira, novembro 13, 2007

Teste ao Cérebro

A dúvida não é se ele funciona ou não, mas antes qual dos hemisférios tem uma função predominante.
Para quem vê a figura a girar no sentido dos ponteiros do relógio o hemisfério dominante é o direito e vice-versa.
Aparentemente a maioria das pessoas vê a figura agirar no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, mas esse não é o meu caso. Para quem, tal como eu ao início, não compreende sequer como se pode ver a figura a dançar em mais que uma direcção sugiro que cubra ametade superior até ficar a ver só as pernas e a partir daí se esforce por vê-la a girar no sentido contrário.
Depois é só ir aqui para ver quais as funções associadas a cada um dos hemisférios cerebrais.
No meu caso a parte emocional domina. E no caso dos meus leitores?

sábado, novembro 10, 2007

Messa di Gloria

Depois de um cansativo, longo, mas bastante produtivo ensaio geral, vou ainda a tempo de lembrar a todos que amanhã é o concerto inaugural da temporada de concertos Música em S. Roque 2007.
Começamos em grande, continuando a minha recente colaboração com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e o Coro Ricercare, interpretando a belíssima Messa di Gloria de Puccini. Os solistas (que este ano não são mencionados na divulgação publicitária da temporada, por alguma razão que me transcende) serão o magnífico tenor João Cipriano e este vosso belogueiro.
Espero ver em S. Roque muitas caras amigas a abrilhantar uma noite que, tradicionalmente atrai muitos melómanos naquele que é já um dos festivais de música mais antigos e respeitados da capital. Para quem ainda não viu fica aqui a programação completa.
Como aperitivo para o concerto de amanhã deixo esta imagem captada durante o ensaio. A deslumbrante igreja de S. Roque pós-restauro já é motivo suficiente para sair de casa amanhã à noite e passar uma véspera de S. Martinho diferente. Até lá!

sábado, novembro 03, 2007

Santarém by Night



























Que melhor forma de relembrar os entes queridos que já partiram que através da mais universal das linguagens, a música. Foi com esta ideia que pela segunda vez tive a oportunidade de participar na missa do dia de fieis defuntos na Sé de Santarém. O Requiem de Mozart foi substituido pelo de Fauré, mas a cerimónia não foi menos comovente. As cuidadosas palavras dos celebrantes ajudaram a lembrar que o sentimento que domina este dia não deve ser a tristeza mas sim a alegria e a sublime música de Fauré ajudou sem dúvida a criar nos presentes um sentimento muito especial.
A melhor maneira de celebrar a vida é vivendo-a, por isso foi muito bom ter a presença em Santarém de amigos muito queridos e próximos, como se pode ver na foto.
Para quem não esteve lá, ainda há mais uma oportunidade, esta noite às 21.30 em Alcochete. Até já!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Lagos



Este Verão prolongado permitiu que na viagem a Lagos com o Coro Gregoriano de Lisboa no passado Sábado tivesse podido captar esta imagem .
Quando foi exactamente que nos tornámos num país tropical?

domingo, outubro 28, 2007

Requiem de Fauré

No meio de uma semana repleta de ensaios, nem tempo tive para actualizar este espaço e avisar os meus fieis leitores das minhas actividades mais recentes.
A principal destas actividades tem sido a preparação e apresentação de uma das minhas obras favoritas, o Requiem de Gabriel Fauré. O concerto inicial foi na Sexta-feira passada no Teatro João Mota em Sesimbra. Comigo estavam
o Coro Ricercare, a Sinfonietta de Lisboa e o Soprano Paula Pires de Matos. Na segunda parte interpretou-se a obra In Paradisum de Eurico Carrapatoso, com a participação dos Tetvocal tudo isto contou com a direcção, competentíssima como sempre, de Vasco Pearce de Azevedo.
Para quem não esteve presente, seja por não ter podido ou por lhe ter faltado o aviso neste espaço tem ainda duas oportunidades na próxima semana, dia 2 em Santarém e dia 3 em Alcochete. Espero ver-vos por lá!

sábado, outubro 20, 2007

Olisipo no Grémio

Amanhã, dia 21, pelas 18 horas o Grupo Vocal Olisipo apresenta-se num concerto privado no Grémio Literário, em Lisboa.
Num fim-de semana marcado pela influência matrimonial passo do casamento de uma amiga para a celebração de umas bodas de ouro.
O programa, a pedido do casal, é bastante eclético, com obras de Tomkins, Gesualdo, Mozart, Brahms, Duparc e Richard Strauss e seremos acompanhados ao piano pela minha querida Luiza da Gama Santos. Apesar de ser um concerto privado, quem sabe se não poderemos repetir este programa em breve noutro local...

Para a Sofia e o Rafael

The secret marriage

No earthly church has ever blessed our union
No state has ever granted us permission
No family bond has ever made us two
No company has ever earned commission

No debt was paid no dowry to be gained
No treaty over border land or power
No semblance of the world outside remained
To stain the beauty of this nuptial hour

The secret marriage vow is never spoken
The secret marriage never can be broken

No flowers on the altar
No white veil in your hair
No maiden dress to alter
No Bible oath to swear

The secret marriage vow is never spoken
The secret marriage never can be broken

Sting

sexta-feira, outubro 19, 2007

Amigos de Peniche

Amanhã às 21.30 na Igreja da Atouguia da Baleia o Coro Gregoriano de Lisboa apresentar-se-á interpretando a Liturgia Votiva do Espírito Santo.
Para os que não se possam deslocar para ver o nosso concerto, sendo assim verdadeiros amigos de Peniche, fica aqui uma das nossas fotos tiradas em Rabat no passado mês de Junho.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Sé de Évora

Mais uma imagem da Sé de Évora. É sempre uma emoção estar presente no espaço no qual se ouviram pela primeira vez há 400 anos os sons que naquele momento trazemos de novo à vida. A luz mágica do entardecer na nave central da Catedral deu-nos sem dúvida o enquadramento perfeito para o momento.

Jornadas 2007

Aqui fica um testemunho do belíssimo concerto final das Jornadas no qual, graças ao empenho de todos conseguimos interpretar na íntegra o Requiem de Manuel Cardoso. O sucesso do concerto está bem testemunhado pelos nossos sorrisos. Os que não estiveram presentes talvez possam ouvi-lo em breve na Antena 2 que gravou o concerto e irá transmiti-lo. Para quem lá esteve fica a saudade e a espera até ao próximo ano.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Jornadas

Passando de desalento para antecipação expectante quase frenética, começam esta Quinta-feira as décimas jornadas internacionais de música da Sé de Évora. Vai ser para mim uma honra participar pela terceira vez num evento que comete a loucura de me colocar em pé de igualdade (pelo menos nominal) com alguns dos maiores nomes mundiais ligados à música renascentista.
Se não fosse o Peter Phillips e os Tallis Scholars talvez eu não me tivesse interessado tanto por este tipo de música e teria certamente tido um percurso musical muito diferente. Se não tivesse ouvido os Tallis nas (saudosas) Jornadas de Música Antiga da Fundação Calouste Gulbenkian há 20 anos os meus objectivos como músico teriam sido muito diferentes.
Para além da admiração musical, é um grande prazer conviver com pessoas fantásticas como o Peter, o fantástico Owen Rees, o meu amigo Pedro Teixeira e todas as caras conhecidas de outras jornadas e também as novas que surgem todos os anos.
Junte-se a isto o lindíssimo cenário de Évora e a gastronomia alentejana e temos o cenário perfeito.
A cereja no topo do bolo vai ser o facto de pela primeira vez se ir trabalhar apenas um obra nas Jornadas, para apresentar no concerto final. Que obra poderia ser melhor para isso que o Requiem de Manuel Cardoso, discutivelmente a maior obra prima da música reanscentista portuguesa.
Para completar o ramalhete teremos um concerto dado pelo Hilliard Ensemble, velhos amigos que não vejo há alguns anos.
Só mesmo da capacidade organizativa da genial Helena Zuber poderia vir um fim de semana destes. Resta-me agradecer o convite, esperar com antecipação por Quinta-feira e dizer a todos que ainda não se inscreveram que se apressem se querem ainda tomar parte. Basta ir ao site do Eborae Mvsica .
Até Quinta!!!

domingo, setembro 30, 2007

1001 Vozes (de burro...)

Decorreu hoje no CCB a grande festa das escolas de música, iniciativa do Ministério da Educação.
Eram certamente mais de 1001 vozes no CCB e a iniciativa teve os problemas de organização comuns a eventos deste género.
Pela minha parte participei com os coros do Instituto Gregoriano, tendo dirigido o Coro de Câmara na Ave Maria de Morten Lauridsen e no Hino a Sta. Cecília de Benjamin Britten.
Terminado o concerto e passado o stress e a responsabilidade de representar a escola, sobretudo no actual contexto político pergunto-me só se se conseguiu mostrar o que se pretendia. A partir do momento em que tínhamos o grande auditório do CCB cheio com alunos de escolas que não se conseguiam conter em nenhum momento das actuações para parar de gritar a plenos pulmões, competindo directamente com os músicos em palco, quando a vontade de continuar com o zapping era tal que não só batiam palmas entre andamentos como não se apercebiam que a música ainda continuava até esta estar a decorrer há alguns compassos (ou até alguém fazer um gesto vigoroso ou dar um grito do palco), teremos realmente feito alguma coisa pelo ensino da música em Portugal muito diferente de pô-lo numa vitrine como exemplo de espécie moribunda heroicamente defendida pelo Governo?
Se a aposta não for também na educação do público, passando pela preparação devida para o tipo de evento por parte dos educadores, se não conseguirmos fazer os pais dos alunos que actuam entender que aquela é uma ocasião na qual devem apreciar o todo musical que está a ser construido e não levar a família toda para filmar o "sarau" enquanto os bebés gritam no público, se não conseguirmos transmitir de alguma forma a solenidade associada a qualquer evento artístico, estaremos a ser parte do problema ou da solução?
Não será a próxima mostra das escolas de música mais adequada para o Museu Nacional de Arte (bem) Antiga?...

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ode to Napoleon Buonaparte




















I



'TIS done -- but yesterday a King!
And arm'd with Kings to strive --
And now thou art a nameless thing:
So abject -- yet alive!
Is this the man of thousand thrones,
Who strew'd our earth with hostile bones,
And can he thus survive?
Since he, miscall'd the Morning Star,
Nor man nor fiend hath fallen so far.



II



Ill-minded man! why scourge thy kind
Who bow'd so low the knee?
By gazing on thyself grown blind,
Thou taught'st the rest to see.
With might unquestion'd, -- power to save, --
Thine only gift hath been the grave,
To those that worshipp'd thee;
Nor till thy fall could mortals guess
Ambition's less than littleness!



III



Thanks for that lesson -- It will teach
To after-warriors more,
Than high Philosophy can preach,
And vainly preach'd before.
That spell upon the minds of men
Breaks never to unite again,
That led them to adore
Those Pagod things of sabre sway
With fronts of brass, and feet of clay.



IV



The triumph and the vanity,
The rapture of the strife --
The earthquake voice of Victory,
To thee the breath of life;
The sword, the sceptre, and that sway
Which man seem'd made but to obey,
Wherewith renown was rife --
All quell'd! -- Dark Spirit! what must be
The madness of thy memory!



V



The Desolator desolate!
The Victor overthrown!
The Arbiter of others' fate
A Suppliant for his own!
Is it some yet imperial hope
That with such change can calmly cope?
Or dread of death alone?
To die a prince -- or live a slave --
Thy choice is most ignobly brave!



VI



He who of old would rend the oak,
Dream'd not of the rebound:
Chain'd by the trunk he vainly broke --
Alone -- how look'd he round?
Thou, in the sternness of thy strength,
An equal deed hast done at length,
And darker fate hast found:
He fell, the forest prowler's prey;
But thou must eat thy heart away!



VII



The Roman, when his burning heart
Was slaked with blood of Rome,
Threw down the dagger -- dared depart,
In savage grandeur, home --
He dared depart in utter scorn
Of men that such a yoke had borne,
Yet left him such a doom!
His only glory was that hour
Of self-upheld abandon'd power.



VIII



The Spaniard, when the lust of sway
Had lost its quickening spell,
Cast crowns for rosaries away,
An empire for a cell;
A strict accountant of his beads,
A subtle disputant on creeds,
His dotage trifled well:
Yet better had he neither known
A bigot's shrine, nor despot's throne.



IX



But thou -- from thy reluctant hand
The thunderbolt is wrung --
Too late thou leav'st the high command
To which thy weakness clung;
All Evil Spirit as thou art,
It is enough to grieve the heart
To see thine own unstrung;
To think that God's fair world hath been
The footstool of a thing so mean;



X



And Earth hath spilt her blood for him,
Who thus can hoard his own!
And Monarchs bow'd the trembling limb,
And thank'd him for a throne!
Fair Freedom! we may hold thee dear,
When thus thy mightiest foes their fear
In humblest guise have shown.
Oh! ne'er may tyrant leave behind
A brighter name to lure mankind!



XI



Thine evil deeds are writ in gore,
Nor written thus in vain --
Thy triumphs tell of fame no more,
Or deepen every stain:
If thou hadst died as honour dies,
Some new Napoleon might arise,
To shame the world again --
But who would soar the solar height,
To set in such a starless night?



XII



Weigh'd in the balance, hero dust
Is vile as vulgar clay;
Thy scales, Mortality! are just
To all that pass away:
But yet methought the living great
Some higher sparks should animate,
To dazzle and dismay:
Nor deem'd Contempt could thus make mirth
Of these, the Conquerors of the earth.



XIII



And she, proud Austria's mournful flower,
Thy still imperial bride;
How bears her breast the torturing hour?
Still clings she to thy side?
Must she too bend, must she too share
Thy late repentance, long despair,
Thou throneless Homicide?
If still she loves thee, hoard that gem, --
'Tis worth thy vanish'd diadem!



XIV



Then haste thee to thy sullen Isle,
And gaze upon the sea;
That element may meet thy smile --
It ne'er was ruled by thee!
Or trace with thine all idle hand
In loitering mood upon the sand
That Earth is now as free!
That Corinth's pedagogue hath now
Transferr'd his by-word to thy brow.



XV



Thou Timour! in his captive's cage
What thought will there be thine,
While brooding in thy prison'd rage?
But one -- "The word was mine!"
Unless, like he of Babylon,
All sense is with thy sceptre gone,
Life will not long confine
That spirit pour'd so widely forth--
So long obey'd -- so little worth!



XVI



Or, like the thief of fire from heaven,
Wilt thou withstand the shock?
And share with him, the unforgiven,
His vulture and his rock!
Foredoom'd by God -- by man accurst,
And that last act, though not thy worst,
The very Fiend's arch mock;
He in his fall preserved his pride,
And, if a mortal, had as proudly died!



XVII



There was a day -- there was an hour,
While earth was Gaul's -- Gaul thine --
When that immeasurable power
Unsated to resign
Had been an act of purer fame
Than gathers round Marengo's name,
And gilded thy decline,
Through the long twilight of all time,
Despite some passing clouds of crime.



XVIII



But thou forsooth must be a king,
And don the purple vest,
As if that foolish robe could wring
Remembrance from thy breast.
Where is that faded garment? where
The gewgaws thou wert fond to wear,
The star, the string, the crest?
Vain froward child of empire! say,
Are all thy playthings snatched away?



XIX



Where may the wearied eye repose
When gazing on the Great;
Where neither guilty glory glows,
Nor despicable state?
Yes --one--the first--the last--the best--
The Cincinnatus of the West,
Whom envy dared not hate,
Bequeath'd the name of Washington,
To make man blush there was but one!


Lord Byron

Expresso do Oriente

No próximo Sábado, dia 22, às 21.30 na Culturgest vou apresentar-me em conjunto com a Orchestrutopica no concerto de abertura do Festival Expresso do Oriente.
O festival centra-se no tema Os Filhos de Abraão e apresenta, por isso mesmo obras ligadas às culturas judaica, cristã e muçulmana.
Pela parte que me toca vou apresentar a estreia da obra Trisagion de Ivan Moody, uma belíssima oração em grego e a Ode to Napoleon Buonaparte de Arnold Schönberg, um tour de force que me está a dar água pela barba, com um longuíssimo texto de Byron feito inteiramente em sprechgesang.
O trabalho ainda hoje começou, mas posso dizer que a Orchestrutopica continua a fazer o trabalho notável a que já nos habituou e que o maestro Tapio Tuomela está a tornar um programa verdadeiramente desafiante num prazer.
O restante do programa contém obras de Eurico Carrapatoso, Luís Tinoco, Ahmed Essyad e Saed Haddad. Para mais pormenores basta seguir o linque.
Espero ver porlá caras conhecidas a dar o apoio tão necessário.

terça-feira, setembro 18, 2007

Elevador da Glória


Voltou hoje a funcionar o meu querido Elevador da Glória, monumento nacional desde 2002 (se não me falha a memória).
Só de me lembrar das manhãs de pesadelo, antes de haver Metro no Chiado, quando o elevador estava em reparos (sempre no Inverno) e que para chegar ao Conservatório tinha que se subir a Calçada da Glória a pé. Muitas foram as vezes que desisti antes de lá chegar e optei por um dos cafés no caminho.
Lembro-me de em pequeno subir a calçada de elevador com o meu pai e voltar depois do Bairro Alto, à noite, e descer a pé, enquanto os turistas esperavam pela próxima partida.
Enfim, é bom saber que algumas coisas continuam a existir.

Tosca

Ainda no mesmo tema, vale a pena ver um dos poucos registos em vídeo de Maria Callas num dos seus grandes papéis, como Tosca ao lado de Tito Gobbi no palco de Covent Garden em 1964.

Para aqueles que só conhecem a voz adulterada de fim de carreira vale a pena ver a intensidade dramática que a tornou uma lenda.

La Divina


Fez no Domingo, dia 16, 30 anos que morreu Maria Callas.
É verdade que o dinheiro e a fama não dão felicidade e a sua vida, tão semelhante à das heroinas que interpretou em palco bem o mostra. Ainda assim todos os cantores seguem a diva como um exemplo em algum nível.
De saloia no seu melhor fato domingueiro, como descrita pela neta de Puccini, até ser considerada a mulher mais elegante do mundo a Callas foi de tudo um pouco e 30 anos depois mantém-se digna do epíteto que conquistou, La Divina.





segunda-feira, setembro 17, 2007

Emmys 2007

Pois é, chegou novamente a altura. Esta noite foi a entrega dos Emmys de 2007. Seguindo o exemplo dos Oscares não houve nenhum vencedor claro e os prémios (e nomeações) foram distribuidos pelas principais séries do momento. A lista dos vencedores está aqui e fica também a paródia feita por Conan O'Brien no ano passado com algumas das séries que se mantiveram no top este ano.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Orphée


Na próxima sexta-feira, dia 14 pelas 21.00 vamos apresentar em Espinho a ópera La Déscente d'Orphée aux Enfers de Marc Antoine Charpentier.
Vou retomar os papeis de Apollon e Titie, sendo acompanhado novamente pela Raquel Alão como Euridice, Luisa Tavares como Proserpine, Carlos Pedro Santos como Pluton, João Moreira como Ixion e João Rodrigues como Tantale. Juntam-se a nós desta vez a Elsa Cortez como Enone e o Manuel Brás da Costa como Orphée.
Aparte instrumental está a cargo do Ensemble La Nave Va, dirigido por António Carrilho.
Espero encontrar por lá alguns amigos da zona Norte do país!

quinta-feira, setembro 06, 2007

Luciano Pavarotti

A cena lírica ficou hoje mais pobre com a morte do tenor Luciano Pavarotti aos 71 anos. Um dos grandes responsáveis pela popularização da ópera, sendo para muitos o seu rosto mais reconhecível, graças a projectos como Pavarotti and Friends e os concertos dos três tenores, foi talvez o último e o mais popular dos grandes tenores do sec. XX, um século marcado no início pela figura comparável de Enrico Caruso.
Que melhor maneira de lembrá-lo que através das suas próprias palavras: Penso che una vita per la musica sia una vita spesa bene, ed è a questo che mi sono dedicato. Sigamos o exemplo e aspiremos a chegar o mais perto possível...

terça-feira, setembro 04, 2007

Bolota

Agora que já passaram duas semanas já consigo estar um pouco mais distante do acontecimento e explicar a minha ausência prolongada, dizendo a todos os meus leitores e amigos que a minha Bolota perdeu a sua batalha com o cancro.
A idade avançada de 16 anos impediu a possibilidade de nova operação e para impedir mais sofrimento decidimos em conjunto com o médico ajudá-la a seguir em frente, já que, fiel a si própria, lutou até ao fim das suas forças.
Ficam as recordações destes 16 anos...

quarta-feira, agosto 15, 2007

La Dirindina

























Apesar de já estar de férias, ainda não recuperei completamente do sprint final com a preparação meteórica da ópera La Dirindina de Domenico Scarlatti. Passada quase uma semana, ficam as boas memórias de um elenco divertidíssimo e do companheirismo que tende a aparecer nestas situações de tensão.
Graças ao bom feitio e boa vontade de todos nem um mau momento se passou e aqui ficam duas imagens, uma do elenco completo, com a Ana Luisa Assunção e o Fernando Guimarães e uma minha, com a fatiota (lindíssima) de Don Caríssimo.

domingo, agosto 12, 2007

Aeneas has no fate but you...

Cenas escaldantes!!!

Dido and Aeneas


Aqui fica o testemunho para a posteridade com o elenco do Dido e Eneias reunido. O lindo cenário do Palácio das Gaeiras inspirou-nos para uma interpretação inesquecível.
Que melhor local para cantar esta ópera que num jardim com palmeiras altíssimas, cercados por uma vegetação luxuriante?
Apesar das dificuldades inerentes ao espaço, como a comunicação entre todos nós e a amplificação sonora, valeu a pena cantar mais uma vez esta obra prima da música barroca.

Ingmar Bergman

Costuma dizer-se que a imitação é a mais sincera forma de admiração. A paródia, por vezes não lhe fica atrás. Ainda não tinha tido tempo de mencionar o desaparecimento de um dos grandes vultos do cinema, mas acho que esta paródia pelas geniais Dawn French e Jennifer Saunders consegue fazê-lo bastante bem!

Sinceramente, sem nenhum desrespeito.

Disparates à beira rio


sábado, agosto 11, 2007

Por do Sol em Esposende





As duas faces da medalha


Aqui ficam duas imagens que mostram as duas facetas que marcaram o nosso (meu e da Luiza, claro) dia a dia em Esposende. Por um lado o lindíssimo museu art-nouveau no qual demos o nosso recital com o não menos lindíssimo Dichterliebe de Schumann. Por outro lado um dos nosso passeios à beira rio/mar que normalmente pontuavam o fim de cada dia.
Trabalhar naquilo que gostamos já é um privilégio. Se puder ser com pessoas de quem gostamos, melhor um pouco...















Esposende

Com tanto trabalho e stress (ou, como se diz agora, estresse...) ainda não tive tempo para actualizar este espaço.
Começando pelo princípio, aqui fica a foto tirada no concerto final da masterclass de canto em Esposende.
Foram duas semanas muito divertidas para mim e para a minha querida Luiza, na qual pudemos trabalhar com um grupo de dez fantásticos alunos (um dos quais teve que ir embora mais cedo e, por isso, não está na foto...) que nos deram a possibilidade única de partilhar a sua alegria de fazer música.
Teria sido muito difícil ter duas semanas mais bem passadas!
Muito obrigado a todos!!!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Frase do dia

O que é a técnica? É a liberdade de podermos fazer o que queremos.

Edita Gruberova

segunda-feira, julho 23, 2007

La Dirindina

E a temporada termina para mim com o Intermezzo La Dirindina de Domenico Scarlatti, uma vez mais em Óbidos, no dia 10 de Agosto.
Acompanham-me nesta divertida história a Ana Luisa Assunção e o Fernando Guimarães e, como não há duas sem três, a orquestra é uma vez mais dirigida pelo Tozé Carrilho.
Quem quiser saber mais pormenores sobre o Festival de Ópera de Óbidos pode seguir este linque (apesar dos nomes errados na programação...). Para os restantes, vemo-nos em Óbidos!